7 de maio de 2025
Goiânia

UPA da região Noroeste em Goiânia, nega atendimento.

Uma advogada denunciou que um médico ortopedista da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Noroeste, no Bairro Curitiba, em Goiânia, negou atendimento ao seu namorado. Ele chegou ao local com o punho fraturado após um acidente de moto, no sábado (4). Segundo a mulher, ela e o rapaz aguardavam atendimento desde as 16h.

A denunciante informou que o rapaz foi inicialmente levado à UPA do Setor Urias Magalhães e, posteriormente, encaminhado à unidade do setor Vila Nova, onde foi informado que haveria um ortopedista disponível. Após horas de espera, foi informado que o especialista não estaria presente e os encaminharam para a UPA da região Noroeste.

Na UPA Noroeste, o médico afirmou que não atenderia o paciente, alegando que a ficha estava errada. O paciente, então, foi à recepção, pegou uma nova ficha e retornou. No entanto, ao ser chamado novamente, o profissional reafirmou que não realizaria o atendimento e sugeriu que o paciente procurasse outro especialista em outra unidade.

Confusão

Diante da negativa, a mulher iniciou uma gravação. Antes mesmo do paciente se apresentar, o médico, que estava sentado em sua cadeira, declarou que não realizaria o atendimento. Segundo a advogada, o profissional foi agressivo, usou palavras de baixo calão, abandonou o plantão e deixou o paciente sem atendimento. Ela ameaçou chamar a polícia, afirmando que outras pessoas também ficariam sem atendimento.

O médico afirmou, durante a gravação, que já havia acionado os agentes, alegando que a mulher, que se identificou como advogada, “agiu com ignorância”. Ele utilizou esse argumento para justificar a recusa em prestar atendimento.

Em determinado momento, a advogada admite ter sido ignorante, justificando-se com a declaração do médico de que não atenderia o paciente. “Eu fui ignorante porque você falou que não ia atender”, disse ela.

Mais tarde, a coordenadora da unidade chegou à sala para averiguar a situação. Uma nova discussão teve início, e a mãe do paciente relatou os acontecimentos. Em resposta, o médico afirmou que abandonaria o posto e autorizou a coordenadora a registrar falta para ele. Em outro momento, ele afirmou que a responsabilidade pelo problema era da advogada.

Agressão verbal

A denunciante também acusa o médico de ter mandado ela “enfiar a sua carteira da OAB no ânus”. Após o episódio, a coordenadora liberou o médico para deixar o plantão e a gravação foi interrompida.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia afirmou que tomou conhecimento da denúncia e solicitou informações detalhadas sobre o ocorrido. Caso seja comprovada a omissão de atendimento, medidas cabíveis serão adotadas.

Como o médico negou o atendimento e não havia outro profissional disponível, o rapaz com o punho fraturado retornou para casa sem atendimento especializado. Foi tentado contato com a Polícia Militar, mas, até o fechamento desta matéria, não foi obtida resposta.

Fonte: Mais Goiás.

 

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