3 de outubro de 2025
Mundo

Suspeito de assassinato de Charlie Kirk não coopera com investigação, diz governador de Utah

Imagem reprodução

O suspeito pelo assassinato do ativista conservador americano Charlie Kirk, morto a tiros no dia 10 de setembro em Orem, Utah, permanece em silêncio diante das autoridades. Segundo o governador do estado, Spencer Cox, o acusado Tyler Robinson, de 22 anos, não confessou o crime e “não está cooperando” com a investigação.

Robinson foi preso na noite de 11 de setembro, após se render à polícia, pouco mais de 33 horas depois do ataque. Kirk, de 31 anos, foi baleado enquanto discursava em um evento ao ar livre da organização Turning Point USA, da qual era fundador, durante a American Comeback Tour.

Em entrevistas a veículos americanos como ABC News e Wall Street Journal, Cox afirmou que amigos e familiares de Robinson têm colaborado com as investigações. Um colega de quarto do suspeito, que também seria seu parceiro, estaria entre os que prestam depoimentos. O governador destacou que ainda não está claro se esse aspecto da vida pessoal de Robinson terá relevância para o caso.

Relatos apontam que, após o atentado, Robinson teria feito comentários no aplicativo Discord insinuando ser o autor do disparo. Cox confirmou que essas conversas existiram, mas frisou que muitos não acreditaram que se tratava de uma confissão real até que ele mesmo teria admitido.

O acusado está detido sem direito à fiança e responde por homicídio qualificado, disparo de arma de fogo e obstrução da justiça.

Governador de Utah, Spencer Cox

Reações e críticas às redes sociais

A morte de Kirk levou o governador Cox a intensificar críticas às plataformas digitais, que ele classificou como um “câncer”. Em entrevista à CNN, defendeu maior responsabilização das empresas de tecnologia e afirmou que os EUA precisam “tirar os celulares das salas de aula”.

Cox descreveu o assassinato como “um ataque direto à América” e fez apelos por unidade em meio às crescentes tensões políticas no país. Ainda assim, o governador foi alvo de críticas ao declarar que rezou para que o suspeito não fosse natural de Utah, mas de outro estado ou país.

Legado de Charlie Kirk

Figura polêmica no cenário político norte-americano, Charlie Kirk era um dos mais influentes ativistas conservadores dos EUA e aliado próximo do ex-presidente Donald Trump. Defensor do direito ao porte de armas, contrário ao aborto e crítico dos direitos trans, Kirk também se destacava por difundir alegações falsas sobre a pandemia de covid-19.

Sua atuação dividia opiniões: admirado por apoiadores, que o viam como acessível e atento às preocupações da população, e duramente criticado por opositores, que consideravam seus discursos ofensivos a minorias, como pessoas LGBTQIA+ e muçulmanos.

Kirk era casado e deixou dois filhos. Sua esposa, Erika, agradeceu publicamente aos socorristas e prometeu que “a voz de seu marido permanecerá”. Um culto em sua memória está marcado para 21 de setembro, no Estádio State Farm, no Arizona, com capacidade para 60 mil pessoas.

 

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