O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o país enfrenta uma “crise política nunca vista antes” após o assassinato de Charlie Kirk, ativista de direita e aliado de Donald Trump. A declaração foi feita na última terça-feira (16/9), durante um evento na Pensilvânia.
Obama disse não conhecer pessoalmente Kirk e ressaltou que discordava de muitas de suas opiniões, mas classificou o crime como “horrível e uma tragédia”. Ele criticou a postura de Trump e seus aliados diante do episódio, lembrando que ex-presidentes republicanos buscaram reforçar a unidade nacional em momentos de tensão.
O acusado pelo crime, Tyler Robinson, 22 anos, foi formalmente indiciado por homicídio, crimes com armas e outras acusações. A promotoria do Condado de Utah informou que pedirá a pena de morte.
Enquanto a Casa Branca rebateu Obama, chamando-o de “arquiteto da divisão política moderna”, aliados de Trump atribuíram a culpa pelo assassinato a grupos de esquerda e cobraram punições a quem teria celebrado ou relativizado a morte de Kirk.
Obama, por outro lado, defendeu que os americanos respeitem o direito de discordar e citou exemplos de governadores republicanos e democratas que, segundo ele, têm atuado de forma responsável diante de episódios de violência política. O ex-presidente criticou Trump por classificar adversários como “vermes” ou “alvos”, o que, em sua avaliação, alimenta ainda mais a polarização.
