Aos 68 anos, a anapolina Maria do Socorro Gomes vive uma realidade desafiadora. Devido a um procedimento cirúrgico, ela depende exclusivamente de uma dieta líquida de alto custo para se alimentar. No entanto, há mais de dois meses, o insumo está em falta no Centro Especializado de Distribuição da Prefeitura, dificultando seu acesso à nutrição essencial.
Quem sente diretamente o impacto desse desabastecimento é a psicóloga Elionai Gomes, de 62 anos, irmã de Maria. Desde o início da escassez, ela tem sido forçada a arcar com os custos da dieta, o que se tornou financeiramente insustentável.
💰 Alto custo da dieta
Segundo Elionai, o suplemento pode ser encontrado em farmácias por R$ 40 por dia, o que representa uma despesa mensal de mais de R$ 1.200.
📉 Falta de abastecimento e incerteza
Desde dezembro do ano passado, Maria não recebe a dieta pelo sistema público. Elionai relata que, ao buscar informações no Centro de Distribuição, recebe sempre a mesma resposta: não há previsão de reposição.
“A gente tentou dar uma comidinha caseira para ela, mas não teve como. Vomitou tudo e passou muito mal”, lamentou.
A situação não afeta apenas Maria. Cerca de 1.700 pacientes cadastrados no programa de nutrição da Prefeitura também enfrentam dificuldades com a falta do suplemento.
🔎 O que diz a Prefeitura?
A Prefeitura informou que há quase um ano não eram realizados novos processos de compra para o protocolo de nutrição, mas que a nova gestão deu início a esse processo. Segundo o órgão, os insumos estão sendo entregues em remessas, com expectativa de normalização em breve.
Entretanto, pacientes que se dirigiram ao Centro de Distribuição na última sexta-feira (07) foram informados de que o insumo ainda não havia chegado e que não havia previsão para reposição.
A população segue aguardando uma solução para o problema.