Profissionais aguardam complementação suspensa desde fevereiro; prefeitura promete regularizar apenas em abril, mas sindicato exige solução imediata
Aparecida de Goiânia, 30 de março de 2025 – Enfermeiros da rede municipal de saúde de Aparecida de Goiânia estão há dois meses sem receber a complementação do piso salarial, valor garantido por lei e repassado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), os recursos federais já estão disponíveis na conta do município, mas ainda não foram repassados aos profissionais.
A presidente do Sindsaúde-GO, Néia Vieira, afirmou que a prefeitura havia se comprometido a incluir o pagamento na folha de março, mas os servidores foram surpreendidos com a ausência dos valores. “Não havia motivo para esse atraso. O dinheiro já está na conta, e houve um acordo para que fosse pago”, disse Néia em entrevista ao Hoje Goiás.
Recursos federais assegurados, mas repasse pendente
Segundo o sindicato, os repasses do Ministério da Saúde já foram transferidos ao município até junho de 2025, cobrindo os meses de atraso. Mesmo assim, os enfermeiros seguem sem receber. Na última sexta-feira (28), um protesto foi realizado em frente à prefeitura para pressionar o prefeito Leandro Vilela (MDB) a cumprir o acordo.
“Queremos explicações. Já são dois meses sem pagamento e sem justificativa”, afirmou Sirley Braga, diretora do Sindsaúde. A categoria exige que o valor seja pago imediatamente, por meio de uma folha complementar, e aguarda uma posição do prefeito até quarta-feira (3).
Prefeitura promete pagamento em abril
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o pagamento será realizado na folha de abril, com os valores retroativos de janeiro, fevereiro e março. No entanto, os profissionais rejeitam a proposta e exigem uma solução imediata.
“Não aceitamos esperar até abril. O dinheiro está lá, e a lei garante nosso direito”, reforçou Néia Vieira. O Sindsaúde mantém a mobilização para pressionar a prefeitura a cumprir o acordo e garantir o repasse aos trabalhadores.
Enquanto isso, os enfermeiros seguem em alerta, ameaçando novas mobilizações caso o pagamento não seja efetuado nos próximos dias.