18 de maio de 2025
Goiás

Caiado critica governo federal em abertura da 78ª Exposição Agropecuária de Goiás

Imagem reprodução

Em discurso durante a abertura da 78ª Exposição Agropecuária de Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) lançou duras críticas ao governo federal, acusando-o de asfixiar o agronegócio com políticas “populistas e ineficazes”. Segundo ele, o setor, que sustenta a economia nacional, enfrenta juros altos, inflação e falta de crédito, colocando em risco a produção e a geração de empregos.

“O Brasil que trabalha está sufocado por um governo populista e demagógico”, afirmou Caiado, diante de produtores rurais e autoridades. Ele destacou que a falta de reajustes condizentes com a inflação e a demora na liberação de recursos estão levando empresas ao endividamento. Dados da Serasa Experian mostram que, só em 2024, Goiás registrou 122 pedidos de recuperação judicial no agro, enquanto o país ultrapassa 1.270 casos.

Desestímulo ao empreendedorismo e críticas à gestão Lula

O governador também atacou a postura do governo Lula em relação a reformas econômicas, afirmando que a desvalorização de avanços, como a reforma trabalhista, desencoraja o empreendedorismo. “O cidadão quer trabalhar, mas enfrenta burocracia, impostos altos e falta de mão de obra qualificada”, disse.

Caiado ainda criticou a priorização de pautas que, segundo ele, não geram desenvolvimento real, e disparou: “O atual governo não deu certo. Precisamos focar em inovação e produtividade para o Brasil avançar”.

Agro em crise, mas Goiás mantém protagonismo

Apesar dos desafios, a Exposição Agropecuária de Goiás – uma das maiores do país – segue como vitrine do potencial do estado, que é um dos maiores produtores de grãos, carne e biocombustíveis do Brasil. O evento reúne expositores, leilões e debates sobre tecnologia no campo, em um momento em que o setor pressiona por políticas mais favoráveis.

Enquanto o governo federal defende programas de apoio à agricultura familiar, Caiado e outros líderes do agro cobram medidas emergenciais para evitar mais falências. A resposta de Brasília às críticas ainda não veio, mas a tensão entre o centro produtivo e o Planalto promete continuar.

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