23 de maio de 2025
Mundo

ONU alerta: 14 mil bebês podem morrer em Gaza nas próximas 48 horas sem ajuda humanitária urgente

Imagem reprodução

O chefe de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, fez um alerta dramático nesta terça-feira (20): 14 mil bebês em Gaza podem morrer nas próximas 48 horas se Israel não permitir a entrada maciça de suprimentos médicos e alimentares no território. A declaração foi dada em entrevista à BBC, onde Fletcher destacou que a quantidade atual de ajuda autorizada é “uma gota no oceano” diante da catástrofe humanitária.

Bloqueio total desde março

Desde 2 de março, Israel mantém um bloqueio total à Faixa de Gaza, impedindo a entrada de alimentos, combustível e medicamentos. Apesar de uma pequena abertura no domingo (17), apenas cinco caminhões com ajuda conseguiram entrar na segunda-feira (19) – quantidade insuficiente para atender a população faminta.

🔴 Fletcher afirmou:
“Precisamos de uma inundação de ajuda, não de gotas. Se não agirmos agora, perderemos milhares de crianças.”

ONU tenta enviar 100 caminhões nesta terça

A ONU espera viabilizar a entrada de 100 caminhões ainda hoje (20), carregados com fórmula infantil e alimentos essenciais, mas reconhece que a logística é extremamente difícil devido aos bombardeios e restrições israelenses.

“Nossa equipe está correndo risco, mas vamos tentar salvar o máximo possível desses 14 mil bebês”, disse Fletcher.

Pressão internacional e resposta de Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, admitiu que a liberação parcial de ajuda só ocorreu após pressão de aliados, como Reino Unido, França e Canadá.

“Não devemos chegar à fome, tanto por razões práticas quanto diplomáticas”, afirmou. No entanto, Israel mantém a justificativa de que o bloqueio é necessário para “pressão sobre o Hamas”, que ainda detém 58 reféns (até 23 possivelmente vivos).

Fome e desespero em Gaza

Relatos de moradores ao norte da Faixa de Gaza descrevem cenários de desnutrição extrema:
“Não encontramos pão para nossos filhos. Como vamos sobreviver?”, disse um palestino à BBC.

Enquanto isso, a ONU pede ação imediata da comunidade internacional para forçar a abertura de corredores humanitários.

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