Os ataques israelenses ao Irã na noite de quinta-feira (12) provocaram uma forte reação nos mercados internacionais de petróleo, com o barril chegando a valorizar até 10% nas principais bolsas mundiais. O Brent, referência global, ultrapassou a marca de US$ 92, enquanto o WTI, benchmark americano, superou os US$ 87.
Impacto imediato nos mercados:
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Brent saltou de US$ 84 para US$ 92,5 (+10,1%).
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WTI subiu de US$ 79 para US$ 87,3 (+10,5%).
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Maior alta diária desde outubro de 2023.
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Volatilidade nos mercados de energia.
Especialistas alertam que a escalada de tensões na região pode manter os preços elevados por um período prolongado. “O Oriente Médio responde por cerca de 30% da produção global de petróleo. Qualquer instabilidade na área tem impacto direto nos preços internacionais”, explica Carlos Langoni, economista-chefe da consultoria Energy Analytics.
Reflexos no Brasil:
O aumento pode pressionar os preços dos combustíveis no mercado brasileiro, já que:
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25% do abastecimento nacional vem de importações.
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Refinarias privadas seguem a paridade internacional.
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Petrobras mantém política de alinhamento aos mercados globais.
“Estamos diante de um cenário preocupante.” Se os preços se mantiverem nesse patamar, podemos ver a gasolina e o diesel subirem nas bombas em 15 a 20 dias”, alerta Juliana Amaral, especialista em mercados de combustíveis.
Cenário futuro:
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ANP monitora impactos nos preços domésticos.
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Petrobras avalia possíveis ajustes.
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Governo estuda medidas para mitigar efeitos na inflação.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “o Brasil possui estoques estratégicos e estrutura para enfrentar turbulências no mercado internacional”, mas reconheceu que a situação demanda atenção.
Enquanto isso, analistas projetam que a cotação pode atingir US$ 100 caso o conflito se intensifique, o que traria impactos mais severos para a economia brasileira, incluindo pressão inflacionária e custos logísticos.