Em assembleia realizada no domingo (22/6), motoristas do transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia aprovaram uma greve que deve começar na madrugada de sexta-feira (27/6). A decisão foi tomada após a rejeição da proposta salarial apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Público (SET), que oferecia 4,86% de reposição inflacionária mais 0,5% de ganho real, totalizando 5,36% de reajuste.
Motivos da paralisação
A categoria, representada pelo Sindicoletivo, considerou a proposta insuficiente. O presidente do sindicato, Carlos Alberto Luiz dos Santos, destacou que os trabalhadores não receberam reajuste em 2020, durante a pandemia, e que o percentual atual ficou abaixo do aumento do salário-mínimo nacional. Além disso, os motoristas reivindicam:
✔ Retomada do transporte dos funcionários até as garagens
✔ Recomposição do adicional por tempo de serviço, retirado em 2017
Falta de acordo no TRT
A ausência de representantes das empresas na audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-18) no dia 17 de junho também contribuiu para a decisão da greve. “As empresas pediram mediação, mas não compareceram. Se não houver acordo até sexta, a paralisação será mantida”, afirmou Santos.
Impacto no transporte público
A greve deve afetar milhares de usuários em Goiânia e cidades vizinhas, já que a categoria é responsável pela operação de linhas metropolitanas e urbanas. O último reajuste salarial da categoria, homologado em 2024, foi de 7,5%, mas os trabalhadores alegam que a inflação e os custos de vida exigem um aumento maior.
Posição das empresas
Em nota, o SET afirmou que a proposta de 5,36% está “acima da média de outras categorias” e que, nos últimos dois anos, os motoristas tiveram ganho real acumulado de 9%. A entidade também destacou que o momento exige cautela devido aos investimentos em renovação da frota.
Próximos passos
Se não houver acordo até quinta-feira (26/6), a greve começará à meia-noite de sexta, podendo paralisar totalmente o sistema de transporte coletivo na região.
🔴 Acompanhe as atualizações sobre as negociações.
(Com informações do Sindicoletivo e SET)
