Incêndio descontrolado no lixão municipal gera crise ambiental, prejuízos a agricultores e expõe omissão do poder público; população cobra ações urgentes.
Um cenário de descaso e perigo se instalou no município de Piracanjuba, onde um incêndio no lixão a céu aberto queimou por dias sem controle, lançando uma densa cortina de fumaça sobre a região e ameaçando a saúde da população, o meio ambiente e até plantações vizinhas. Com a ausência de um corpo de bombeiros local, foram os próprios produtores rurais que precisaram agir para evitar que as chamas destruíssem uma lavoura de milho.
Impactos ambientais e riscos à saúde
As queimadas em lixões irregulares liberam gases tóxicos, como monóxido de carbono e material particulado, que podem causar doenças respiratórias, irritação nos olhos e agravar condições crônicas como asma e bronquite. Além disso, a fumaça tomou conta da rodovia próxima, reduzindo a visibilidade e aumentando o risco de acidentes.
O fogo também contamina o solo e os lençóis freáticos, já que a queima de resíduos libera substâncias perigosas, como metais pesados e dioxinas, que se infiltram no meio ambiente. A falta de um aterro sanitário adequado e a manutenção de um lixão a céu aberto violam a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), que exige o fim dessas práticas.
Revolta popular e omissão do poder público
Moradores e agricultores, revoltados com a inação da prefeitura, registraram imagens chocantes do lixão em chamas e da fumaça tomando conta da região. “Estamos abandonados. O fogo já está chegando nas plantações, e ninguém faz nada”, desabafou um produtor rural que preferiu não se identificar.
A situação expõe a falta de planejamento urbano e gestão ambiental do município, que não possui um sistema adequado de combate a incêndios e mantém um lixão irregular, sujeito a penalidades legais.
Riscos jurídicos para o município.
Além dos danos ambientais e à saúde pública, a prefeitura pode enfrentar ações judiciais por:
🔹 Descumprimento da Lei de Resíduos Sólidos (multas e sanções do Ministério Público);
🔹 Danos à agricultura (possibilidade de indenizações a produtores afetados);
🔹 Responsabilidade por poluição e riscos à população (processos por negligência).
Enquanto a população sofre com a fumaça e o risco de perder suas plantações, a cobrança por soluções definitivas se intensifica. A continuidade do lixão e a falta de ações emergenciais podem transformar essa crise ambiental em uma grave consequência jurídica e política para a gestão municipal.
📌 A pergunta que fica: até quando Piracanjuba viverá sob a fumaça do descaso?
(Imagens: Moradores registram lixão em chamas e fumaça tomando a rodovia – Arquivo Pessoal)
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