2 de julho de 2025
Brasil

SAMU enfrenta risco iminente de colapso por falta de repasses federais

Imagem reprodução

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que atende 154 municípios das regiões Sul e Sudeste de Minas Gerais está à beira de um colapso operacional devido à drástica redução nos repasses financeiros do governo federal. A grave situação foi denunciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macro Região do Sul de Minas (Cissul), gestor do serviço na região.

Defasagem crítica nos recursos
De acordo com informações da EPTV (afiliada da TV Globo), enquanto o acordo prevê que a União cubra 50% dos custos operacionais, os repasses efetivos têm ficado em apenas 27%. Essa lacuna financeira está comprometendo a aquisição de itens essenciais como medicamentos, materiais médicos descartáveis e até combustível para as viaturas.

“Estamos enfrentando escassez de equipamentos básicos como tubos endotraqueais e catéteres. Por mais qualificada que seja nossa equipe, sem esses insumos fica impossível prestar atendimento adequado”, revelou o médico intervencionista Frederico Felix Ali em entrevista.

Estrutura de custeio desequilibrada
O modelo de financiamento do SAMU divide-se entre:

  • Governo Federal (50%)

  • Estado de Minas Gerais (25%)

  • Municípios (25%)

Felipe Batista, secretário do Cissul, alerta para as consequências imediatas: “A falta de atualização nos valores repassados está inviabilizando contratos e a adequada remuneração dos profissionais. Sem correção urgente, caminhamos para um colapso generalizado do serviço em todo o estado”.

Ações em andamento
O consórcio já adotou medidas emergenciais:

  • Encaminhou ofícios à bancada federal mineira

  • Realizou reuniões com o Ministério da Saúde

  • Manteve diálogo com o governo estadual

Embora reconheça avanços como a renovação da frota com 50 novas viaturas nos últimos dois anos, Batista ressalta que esses ganhos são anulados pela insuficiência dos repasses financeiros.

Posicionamentos oficiais
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) garantiu, em nota, que vem cumprindo regularmente sua parte, arcando com 57,1% do custo mensal de R$ 5,5 milhões do Cissul. Já o Ministério da Saúde informou que só se pronunciará na próxima semana, após o feriado de Corpus Christi.

Impacto potencial
Especialistas em saúde pública alertam que a continuidade dessa crise pode deixar mais de 4 milhões de mineiros sem atendimento emergencial adequado, com risco direto ao aumento da mortalidade em casos de urgências médicas.

Fonte: EPTV (Afiliada TV Globo)

Atualização: Aguarda-se posicionamento oficial do Ministério da Saúde para a próxima semana.

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