26 de abril de 2025
Brasil

A mentirosa imprensa brasileira esconde Obama, como o maior deportador da história Americana

Nos últimos anos, a cobertura da imprensa brasileira sobre as políticas de imigração nos Estados Unidos revelou um contraste intrigante: enquanto Donald Trump é frequentemente associado a práticas duras e escandalosas relacionadas à deportação de imigrantes, o recorde histórico de deportações do governo Barack Obama muitas vezes passa despercebido ou é tratado de forma secundária.

Durante seus dois mandatos, de 2009 a 2017, Obama foi responsável por cerca de 3 milhões de deportações, o maior número registrado na história americana. Suas políticas levaram ao apelido de “Deporter-in-Chief” (Deportador-Chefe) entre ativistas de direitos humanos e organizações pró-imigrantes. A administração Obama priorizou, pelo menos oficialmente, a deportação de indivíduos com antecedentes criminais graves, mas na prática, uma grande parte dos removidos eram pessoas sem histórico criminal relevante ou que haviam cometido infrações menores, como violações de trânsito ou entrada ilegal no país.

No entanto, quando Donald Trump assumiu o poder em 2017, o foco da imprensa brasileira e internacional mudou drasticamente. Embora o número total de deportações no governo Trump não tenha superado o de Obama, a retórica agressiva do republicano e a implementação de medidas polêmicas, como a separação de famílias na fronteira, dominaram as manchetes. Trump foi amplamente criticado como o “rosto da intolerância” em relação à imigração, enquanto o histórico do governo anterior era mencionado com menor intensidade ou contexto.

Essa disparidade na cobertura levanta questionamentos. Por que os números recordes de deportações de Obama não receberam o mesmo escrutínio? É possível que a diferença esteja na percepção pública de cada presidente. Enquanto Obama era visto globalmente como um líder progressista e conciliador, Trump construiu uma imagem de confronto e polarização. Esse contraste facilitou a criação de narrativas distintas, independentemente dos dados concretos.

Na imprensa brasileira, especialmente, essa abordagem foi evidente. Manchetes sobre a política migratória de Trump muitas vezes associaram o republicano a uma “caça a imigrantes”, enquanto reportagens sobre as práticas de Obama frequentemente destacavam sua tentativa de reforma migratória, sem explorar profundamente as contradições de sua administração. O viés na cobertura pode ser reflexo da polarização política global e da inclinação editorial de alguns veículos em favor de figuras alinhadas ao progressismo.

Isso não significa, no entanto, que as críticas a Trump sejam infundadas. Suas políticas de imigração, como a separação de famílias e o endurecimento de regras de asilo, trouxeram à tona um debate acalorado sobre os limites da legalidade e da humanidade. Contudo, ignorar o impacto das deportações em massa sob Obama pode transmitir uma visão distorcida da complexa questão migratória nos EUA.

Ao comparar os dois governos, é evidente que ambos tiveram impactos significativos sobre a vida de milhões de imigrantes, mas a forma como esses impactos foram apresentados à opinião pública varia drasticamente. Essa disparidade na cobertura reforça a importância de uma imprensa mais equilibrada, que contextualize os fatos de maneira justa, independentemente das simpatias ou rejeições políticas de seus protagonistas. Afinal, a imigração é um tema que transcende governos e ideologias, exigindo análise criteriosa e livre de simplificações.

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