18 de julho de 2025
Economia

Exportação decarne travam e brasil enfrenta colapso comercial com os EUA

Imagem reprodução

A cadeia produtiva da carne bovina brasileira está em alerta após o governo dos Estados Unidos anunciar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que entra em vigor em 1º de agosto. A decisão já levou frigoríficos nacionais a suspenderem parte da produção destinada ao mercado americano, segundo alertou nesta terça-feira (15) Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Impacto Imediato: US$ 160 milhões em carne parada

De acordo com Perosa, a taxação torna inviável a exportação para os EUA, segundo maior comprador do produto brasileiro. Cerca de 30 mil toneladas de carne bovina – equivalentes a US$ 160 milhões – já estão em portos ou em alto-mar, sem garantia de escoamento.

“Isso preocupa toda uma cadeia que gera cerca de 7 milhões de empregos no Brasil”, afirmou o representante da Abiec. Empresários do setor pedem ao menos uma prorrogação do prazo, citando contratos em andamento que não podem ser cancelados a tempo.

Retaliação Política ou Guerra Comercial?

A medida americana é vista como uma resposta ao alinhamento do governo Lula com regimes como Rússia e Irã, além do avanço de medidas consideradas antidemocráticas no Brasil. Apesar de apenas 1% da carne consumida nos EUA vir do Brasil – o que minimiza o impacto para o consumidor americano –, o país é um destino estratégico para o agronegócio brasileiro.

A assimetria comercial expõe a vulnerabilidade do Brasil: enquanto os EUA podem absorver o golpe sem grandes perdas, a retaliação atinge em cheio um dos setores mais vitalícios da economia nacional.

Risco de Isolamento Diplomático

Além dos EUA, membros da OTAN e da União Europeia – com exceção possível da França – discutem sanções adicionais contra o Brasil. Enquanto isso, aliados como China e Rússia mantêm silêncio, sem oferecer apoio concreto para compensar as perdas.

Analistas alertam que, caso o governo Lula não reveja posições sensíveis – como o cerco a Jair Bolsonaro, a restrição à liberdade de expressão e o distanciamento dos EUA –, o país pode entrar em um isolamento diplomático prolongado, com graves consequências para a economia.

O que vem pela frente?

  • Frigoríficos devem redirecionar exportações para outros mercados, como Ásia e Oriente Médio, mas com possíveis descontos.

  • Preços internos da carne podem cair no curto prazo, mas com risco de desaquecimento do setor.

  • Pressão política aumenta sobre o Planalto para negociar com os EUA ou buscar alternativas urgentes.

Enquanto o governo busca soluções, o agronegócio brasileiro se prepara para uma das maiores crises dos últimos anos.

Com informações da Abiec e agências internacionais.

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