20 de julho de 2025
Mundo

Juízes e parentes do STF não poderão mais ir para a Disneylândia

Imagem reprodução

Fontes próximas ao Departamento de Estado revelaram que a resposta dos Estados Unidos aos esforços diplomáticos do Brasil foi considerada “too late” (tarde demais), indicando frustração com a falta de iniciativas brasileiras para estabelecer canais de diálogo desde janeiro. A insatisfação americana ganha contornos concretos com o cancelamento de vistos de juízes brasileiros e seus familiares, em uma medida vista como retaliação às recentes decisões judiciais no Brasil.

A versão contrasta com as declarações do Itamaraty, que afirma ter feito múltiplas tentativas de aproximação, incluindo uma carta enviada em 16 de maio que, segundo o governo brasileiro, nunca foi respondida. Enquanto as relações bilaterais enfrentam um dos momentos mais delicados das últimas décadas, fontes apontam que a Casa Branca está acelerando a concessão de residência permanente ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Atualmente radicado no Texas e com frequentes viagens a Miami, Eduardo Bolsonaro conta com o apoio da Universidade Internacional da Flórida e do Centro Adam Smith, instituição financiada pelo governador da Flórida, Ron DeSantis. O trâmite acelerado do visto de residência é visto como um gesto político em meio ao acirramento das tensões.

Escalada de Medidas Contra o Brasil

De acordo com Cristina Rosales, ex-assessora dos governos Trump e Biden no Departamento de Estado, os EUA planejam uma “escalada de medidas” contra o Brasil. As próximas etapas podem incluir:

  • Congelamento de ativos de autoridades brasileiras em território americano;

  • Sanções secundárias contra instituições financeiras que mantenham negócios com as autoridades visadas;

  • Manutenção das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, previstas para vigorar a partir de 1º de agosto.

A situação coloca as relações bilaterais em um patamar de crise, com repercussões econômicas e políticas para ambos os países. Enquanto o governo brasileiro insiste na disposição ao diálogo, as ações americanas sugerem um endurecimento que pode se aprofundar nos próximos meses.

(Com informações de fontes diplomáticas e governo dos EUA)

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