6 de dezembro de 2025
Mundo

Paraguai autoriza Forças Armadas a empregarem força letal contra facções criminosas

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DECISÃO DO GOVERNO SANTIAGO PEña CLASSIFICA PCC E COMANDO VERMELHO COMO AMEAÇA À SOBERANIA E PERMITE OPERAÇÕES MILITARES OFENSIVAS

ASSUNÇÃO – O governo do Paraguai anunciou nesta terça-feira (4) uma medida de grande impacto na segurança regional: a autorização formal para que suas Forças Armadas atuem com “poder total de reação letal” contra membros das facções criminosas brasileiras Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho. A decisão, emitida pelo presidente Santiago Peña, caracteriza essas organizações como uma ameaça direta à soberania nacional.

De acordo com comunicado oficial do Ministério da Defesa paraguaio, o país adotará uma postura de não “negociar com terroristas”. A medida segue a classificação prévia do Paraguai e da Argentina desses grupos como organizações terroristas, um movimento que habilita o uso de instrumentos de guerra mais contundentes no combate ao crime organizado transfronteiriço.

A decisão é justificada pelo governo como uma resposta ao avanço e à consolidação dessas facções em território paraguaio, onde atuam no tráfico de drogas, armas e no controle de rotas ilegais. O presidente Peña afirmou, em discurso, que “o dever do Estado é proteger os cidadãos de bem”, em uma clara defesa da nova política de segurança.

A postura do Paraguai estabelece um contraste significativo com as estratégias adotadas por outros países da região, notadamente o Brasil, onde o debate sobre a classificação desses grupos como terroristas e o uso das Forças Armadas em operações de lei e ordem é mais cauteloso.

Especialistas em segurança alertam que, embora a medida atenda a um anseio por ações firmes, ela pode levantar questões sobre direitos humanos e o direito internacional humanitário, além de potencialmente intensificar a violência em uma região já sensível.

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