Estudo do Ministério da Saúde revela aumento significativo nas taxas de obesidade, hipertensão, diabetes e depressão no estado em comparação com 2022.
Goiânia, 05 de Março de 2025 – Dados inéditos do Inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Vigitel) Goiás 2025, divulgados nesta quarta-feira (05), pintam um quadro preocupante sobre a saúde da população goiana. O estudo, realizado pelo Ministério da Saúde, mostra que 62,9% dos moradores do estado estão com excesso de peso. Isso significa que aproximadamente seis a cada dez pessoas em Goiás enfrentam esse problema.
O levantamento, que coleta informações anualmente por meio de ligações telefônicas nas 18 regionais de saúde do estado, evidencia uma piora nos indicadores em um curto espaço de tempo. Em 2022, a taxa de sobrepeso era de 57,3%, indicando um crescimento de 5,6 pontos percentuais em três anos.
A situação é ainda mais crítica quando se observa a obesidade, condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. O índice saltou de 22,8% em 2022 para 25,7% em 2025, afetando hoje mais de um quarto da população adulta goiana.
Aumento de Comorbidades
Além do excesso de peso, o Vigitel 2025 registrou aumentos alarmantes em outras doenças crônicas:
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Hipertensão: subiu de 22,6% para 26,3%.
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Diabetes: registrou um salto significativo, de 6,4% para 9,3%.
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Depressão: o diagnóstico passou de 12,1% para 15,5%.
Contrapontos Positivos
Apesar do cenário desfavorável, a pesquisa também identificou melhorias em alguns hábitos de saúde. Houve um discreto aumento no nível de atividade física da população e um maior percentual de mulheres realizou exames de prevenção do câncer de colo do útero e de mama, um indicador importante para a saúde feminina.
Os dados do Vigitel servem como um termômetro para a saúde pública, alertando para a necessidade de políticas e ações efetivas para promover alimentação saudável e a prática de atividades físicas, combatendo a crescente epidemia de doenças crônicas no estado.
