A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta terça-feira (18), a Operação Pagamento Imediato, que investiga supostas irregularidades em contratos firmados durante a gestão do ex-prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. A ação cumpre 13 mandados de busca e apreensão e apura crimes de associação criminosa, fraude em licitação e contratação direta ilegal.
O foco das investigações é um contrato firmado em 2024 com uma empresa sediada em Palmas (TO), durante o período em que Wilson Pollara ocupava o cargo de secretário municipal de Saúde. Pollara foi posteriormente afastado e preso em outra operação, a “Não Tem Preço”, em dezembro de 2024, sob acusação de integrar uma organização criminosa que desviava recursos da pasta.
As suspeitas sobre o contrato com a empresa tocantinense começaram a ser apuradas após um relatório técnico da Gerência de Ações Estratégicas da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. O documento apontou indícios de irregularidades tanto no processo de escolha da empresa quanto na execução do contrato em si.
A operação é coordenada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap). As buscas estão sendo realizadas em endereços ligados aos investigados para a coleta de documentos e provas que possam esclarecer a atuação do grupo e a suposta violação dos procedimentos legais para contratações públicas.
Procurado, o ex-prefeito Rogério Cruz não se manifestou até a publicação desta reportagem. A defesa de Wilson Pollara já se pronunciou em outras ocasiões, negando as acusações.
A investigação segue em andamento para apurar a extensão dos supostos ilícitos e identificar todos os envolvidos.
