Mesmo diante de um aumento exponencial nos casos de COVID-19, o governo de Goiás insiste em apoiar as festividades de Carnaval. Especialistas alertam que a realização das festas, que tradicionalmente reúnem milhares de pessoas em eventos e blocos de rua, pode resultar em uma nova explosão de contaminações, agravando ainda mais a situação da saúde pública no estado.
Os números de infecções têm crescido rapidamente nas últimas semanas, com hospitais registrando um aumento significativo na procura por atendimento. Apesar dos alertas de médicos e sanitaristas, o governo estadual optou por manter as celebrações, alegando que as medidas de segurança individuais são suficientes para conter a disseminação do vírus.
“Sabemos dos riscos, mas confiamos que a população seguirá os protocolos sanitários recomendados”, declarou um representante da administração estadual. No entanto, especialistas discordam dessa avaliação e temem que a alta circulação de pessoas favoreça ainda mais a disseminação do vírus.
Diante desse cenário, profissionais da saúde já preveem uma sobrecarga nos centros médicos logo após o período carnavalesco. “Os casos devem explodir nos dias seguintes às festas, e isso pode levar ao colapso dos hospitais, que já estão operando no limite”, alertou um epidemiologista.
Enquanto algumas cidades optaram por cancelar eventos oficiais, muitas festas privadas e blocos independentes seguem confirmados. A falta de medidas restritivas efetivas pode comprometer o controle da pandemia, trazendo consequências graves para a população.
Com a proximidade do Carnaval, resta saber se a adesão voluntária a cuidados preventivos será suficiente para evitar um novo pico de casos, ou se Goiás enfrentará um novo cenário crítico nos dias seguintes às festividades.