As tensões entre os Estados Unidos e o Irã atingiram um novo patamar nesta quarta-feira, com o governo americano ordenando a evacuação de pessoal não essencial de suas embaixadas no Iraque, Bahrein e Kuwait, em meio a sinais crescentes de que o regime islâmico está se preparando para um possível confronto militar.
O Departamento de Estado americano emitiu um comunicado confirmando a retirada de funcionários e familiares de Bagdá, Manama e Cidade do Kuwait, citando “ameaças à segurança” e o risco de “agitação regional”. A medida ocorre horas depois de o ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, declarar que as forças do país estão prontas para atacar bases dos EUA no Oriente Médio caso as negociações sobre o programa nuclear iraniano — já em colapso — deem lugar a um conflito aberto.
“Se uma guerra nos for imposta, o adversário sofrerá perdas maiores que as nossas. Todas as bases americanas estão ao nosso alcance, e os EUA serão forçados a deixar a região”, afirmou Nasirzadeh em discurso transmitido por canais estatais. A declaração ecoa ameaças recentes de líderes iranianos, que têm adotado uma retórica belicista diante do fracasso das conversas com Washington.
Crise Nuclear e Impasse Diplomático
As relações entre os dois países deterioraram-se rapidamente após o colapso das negociações sobre o controle do programa nuclear iraniano, que, segundo inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), avança em ritmo acelerado. Fontes da inteligência ocidental afirmam que o Irã já possui urânio enriquecido em níveis próximos ao necessário para armas atômicas, embora Teerã insista que seu programa é pacífico.
Os EUA, que mantêm sanções econômicas rigorosas contra o Irã, exigiram a interrupção imediata das atividades nucleares sensíveis. O governo iraniano, por sua vez, acusa Washington de “diplomacia da coerção” e reforça sua postura de desafio.
Preparativos para o Pior
A evacuação parcial das embaixadas americanas lembra movimentos anteriores que antecederam conflitos na região, como o ataque iraniano a bases dos EUA no Iraque em 2020. Desta vez, porém, o tom é ainda mais grave:
✔️ Forças americanas no Golfo Pérsico estão em alerta máximo.
✔️ O Irã mobilizou milícias aliadas no Iraque, Síria e Iêmen.
✔️ Israel, que já atacou instalações nucleares iranianas em anos anteriores, monitora a situação de perto.
Reações Internacionais
A ONU pediu “máxima moderação”, enquanto potências europeias tentam mediar uma desescalada. A Rússia, aliada do Irã, acusou os EUA de “provocação”, e a China alertou para “consequências catastróficas” de uma guerra.
Enquanto isso, os mercados globais reagiram: o petróleo disparou 5% no dia, e bolsas asiáticas fecharam em queda.
O Que Esperar?
Analistas militares avaliam que, embora nenhum dos lados queira uma guerra total, o risco de incidentes limitados — como ataques a navios ou bases por meio de proxies — é alto. Se um desses eventos sair do controle, o conflito direto pode se tornar inevitável.
Atualizações a qualquer momento.
(Com informações do Departamento de Estado dos EUA, agências internacionais e canais estatais iranianos)
