Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), uma intensa onda de calor produzida em um aumento na demanda por energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), atingiu um recorde em 11 de fevereiro, com um pico de 103.785 MW (megawatts). O recorde anterior havia sido registrado no final de janeiro, com 102.924 MW.
Esse novo marco ocorreu durante o maior aumento de consumo instantâneo de energia no país, exigindo um pico de geração para atender à demanda. O ONS explica que o consumo energético é fortemente influenciado pelas condições climáticas, especialmente pelas altas temperaturas.
Os estados da região Sul também registraram registros, com um pico de 23.091 MW por volta das 14h, superando o recorde do dia anterior, que era de 21.950 MW. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que essa alta na demanda também está relacionada à retomada das atividades econômicas.
Em nota, o ONS garantiu que, apesar do aumento no consumo, a operação do sistema elétrico segue estável e segura, com capacidade suficiente para atender à demanda. O economista da Crowe Macro Brasil, Ricardo Rodil, ressaltou que a capacidade de abastecimento do país foi ampliada com o uso de fontes alternativas de geração, como energia eólica e solar fotovoltaica.
“Dependendo da distribuição regional das atividades econômicas, podem ocorrer necessidades pontuais de ajustes, mas os investimentos em transmissão e distribuição, aliados à participação crescente de redes privadas interligadas ao sistema, ajudando a equilibrar o adequado”, explicou o economista.
A previsão do Climatempo indica que a onda de calor deve se estender até o final de fevereiro, com temperaturas podendo ficar até 7°C acima da média. Algumas regiões terão chuvas isoladas, mas essas pancadas terão pouco impacto na redução do calor. As frentes frias serão predominantemente oceânicas, e a massa de ar quente dificultará a formação de nuvens carregadas, resultando em dias mais quentes e secos.
