6 de dezembro de 2025
Política

Após crise do “clã Bolsonaro”, direita brasileira busca novo líder para 2026, aponta Financial Times

Imagem reprodução

Em meio à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e às disputas internas que envolvem sua família e aliados, a direita brasileira inicia uma busca por um novo protagonista para a eleição presidencial de 2026. É o que aponta reportagem publicada nesta segunda-feira (1º) pelo jornal britânico Financial Times, que descreve o movimento bolsonarista em crise após o que classifica como uma “autodestruição” do grupo familiar.

O texto afirma que a estratégia do clã de buscar apoio em Washington “saiu pela culatra de forma espetacular”, citando como exemplo o lobby do deputado Eduardo Bolsonaro por tarifas contra o Brasil, medida que “irritou a classe empresarial brasileira”. Segundo o veículo, as tentativas de livrar Bolsonaro da prisão por meio de apelos ao ex-presidente dos EUA Donald Trump “provou-se desastrosa”.

Com Bolsonaro preso por conspiração para golpe de Estado e seus filhos “sofrendo com erros cometidos por eles mesmos”, abre-se espaço para a ascensão de novos nomes. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é apontado como um dos principais candidatos naturais, mas, de acordo com a análise, só se lançaria com o apoio do ex-presidente e com a renúncia da família a lançar um dos seus.

“Aos 70 anos e com a saúde debilitada, Jair Bolsonaro pode passar o resto da vida na prisão”, diz a reportagem, acrescentando que analistas veem como “melhor chance” do ex-presidente evitar esse desfecho a família “abandonar o sonho antigo de eleger outro Bolsonaro e apoiar um novo candidato conservador”.

Mesmo que consiga reunir o núcleo bolsonarista – estimado em 20% do eleitorado –, Tarcísio enfrentaria uma disputa dura contra Luiz Inácio Lula da Silva, que busca um quarto mandato em meio a um cenário econômico favorável. A esperança da oposição, conclui o Financial Times, reside em temas como criminalidade e segurança pública, “amplamente vistos como um ponto fraco de Lula”, que possam dominar o debate eleitoral.

 
 
 
 
 
 
 

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