Em acordo revelado por colunista, ex-presidente busca unir partidos em torno do governador de São Paulo, enquanto aliado Caiado vê sua pretensão presidencial se complicar.
Caiado se diz de direita, mas não anda com os correligionários e nem participa de nenhum evento realizado, em que os medalhões do PL sempre participam.. Segundo fontes internas, a impressão que se tem é que Caiado está em cima do muro e está apenas surfando na onda Bolsonaro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) articula com líderes do Progressistas (PP) e do União Brasil (UB) um acordo para apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato do bloco à Presidência da República em 2026. A informação, divulgada pela colunista Andreza Matais, do portal Metrópoles, nesta quarta-feira (24), coloca em xeque os planos do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que também almeja o Palácio do Planalto.
Segundo a publicação, o anúncio formal do apoio a Tarcísio pode ocorrer apenas em dezembro deste ano ou em janeiro de 2025. A estratégia da demora seria para amortecer as críticas de que o governador paulista estaria usando o cargo atual como “trampolim” para a disputa nacional. As fontes ouvidas pela coluna, no entanto, ressaltam a imprevisibilidade de Bolsonaro, deixando em aberto a possibilidade de o ex-presidente mudar de ideia até lá.
A consolidação do acordo complica sobremaneira a situação de Caiado. Líder da federação partidária União Progressista (formada por UB e PP), o governador de Goiás teria de optar entre desistir de sua ambição presidencial ou migrar para outra sigla para concorrer, uma vez que a base de seu apoio partidário estaria direcionada a Tarcísio.
O contexto da articulação ocorre sob a sombra da situação jurídica de Bolsonaro. O ex-presidente é inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi condenado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 27 anos de prisão por crimes de tentativa de golpe de Estado e conexos, embora não esteja preso.