Levantamento com dados de 2024 revela que o estado registrou 297 óbitos em acidentes nas federais; colisão é o tipo mais comum de ocorrência, e falta de reação do condutor é a principal causa.
Um estudo divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) identificou a BR-153 como a rodovia federal com o maior número de acidentes e mortes no estado de Goiás. Os dados referentes a 2024 mostram que, dentre os 3.304 acidentes registrados nas rodovias federais goianas, 2.652 envolveram vítimas. Desse total, 53% ocorreram durante o dia, com um pico de ocorrências aos domingos (18,7%).
No que se refere à letalidade, foram contabilizados 297 óbitos. Diferente do perfil dos acidentes, a maioria das mortes (51,5%) aconteceu no período noturno, com as sextas-feiras concentrando o maior índice (18,2%).
A análise por rodovias confirma a periculosidade da BR-153, que responde sozinha por 27,4% dos acidentes e pelo maior número absoluto de falecimentos. Em seguida no ranking de ocorrências, aparecem a BR-060 (25,2%), a BR-040 (12,9%), a BR-070 (6,1%), a BR-050 (5,8%) e a BR-364 (5,5%). No trágico índice de óbitos, as rodovias BR-060 (13,8%) e BR-040 (13,1%) completam o top três, seguidas pela BR-020 (10,4%), BR-452 (6,7%) e BR-364 (6,1%).
Causas e Tipos de Acidentes
O estudo aponta a “ausência de reação do condutor” como o fator preponderante tanto para os acidentes (14,5%) quanto para os óbitos (16,2%). Essa categoria geralmente abrange distrações, desatenção ou falha humana momentânea.
O tipo de acidente mais frequente é a colisão (51,8%), seguida pela saída de pista (23,7%) e por capotamentos ou tombamentos (9,4%). Quando o recorte é a gravidade, as colisões também lideram como a causa da maioria das mortes (58,6%), seguidas por atropelamentos (18,9%) e saídas de pista (15,5%).
Os números reforçam a necessidade de campanhas educativas contínuas e de investimentos em infraestrutura viária para mitigar os índices de sinistros no estado.