Decreto estabelece a nova geração do sistema de TV digital, que integrará a transmissão tradicional à internet, prometendo revolução na qualidade de imagem, som e interatividade.
BRASÍLIA – O Ministério das Comunicações oficializou por meio de decreto a implantação da TV 3.0 no Brasil. Apelidada pela pasta como o “futuro da televisão no país”, a nova geração do sistema digital será aplicada tanto na TV aberta quanto na por assinatura e tem como principal característica a integração dos serviços de internet à transmissão televisiva tradicional.
Segundo o ministério, a mudança trará um salto significativo na experiência do telespectador, com melhorias drásticas em imagem e som e um novo patamar de interatividade. A implantação da tecnologia deve acontecer de forma gradual, seguindo o modelo de transição adotado com a TV digital em 2007.
Imagem e Som Imersivos
Em anúncio, a pasta detalhou os impactos técnicos que a população pode esperar. “Um dos impactos será na qualidade de imagem, com aparelhos com a tecnologia de até 8K, para permitir melhor resolução, e maior contraste de cores”, afirmou o ministério.
Além da alta definição, a sonoplastia será outro ponto de destaque. A nova norma promete trazer a experiência de ‘som de cinema’, semelhante a uma imersão com áudios que são reproduzidos em direções diferentes, tornando a experiência em casa mais próxima da de uma sala de cinema.
Interatividade e Conteúdo Sob Demanda
A TV 3.0 vai muito além da melhoria de qualidade. A grande inovação está na capacidade de interação. A tecnologia permitirá o uso de aplicativos integrados que darão ao telespectador o controle para interagir com partes da programação.
As emissoras, por sua vez, terão a possibilidade de oferecer uma gama de conteúdos adicionais sob demanda diretamente pela televisão, como séries exclusivas, jogos, serviços de governo eletrônico e acesso a redes sociais, sem necessidade de dispositivos externos, tudo convergindo para a tela da TV.
A expectativa do governo é que a TV 3.0 democratize o acesso a conteúdo de alta qualidade e coloque o Brasil no patamar dos países que já adotam essa tecnologia, modernizando o parque tecnológico nacional e abrindo novas oportunidades para a indústria e para as emissoras.
