5 de junho de 2025
Política

Caiado alerta para domínio de facções e critica centralização da segurança pública em audiência na Câmara

Em Brasília, Caiado destaca domínio das facções criminosas no Brasil . (Foto: André Saddi)
Governador de Goiás defende autonomia dos estados e cita queda histórica da criminalidade em seu estado como modelo a ser seguido

Brasília, 28 de maio de 2024 – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez um alerta contundente sobre o avanço do crime organizado no Brasil durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (28/5). O debate colocou em pauta a PEC 18/25, conhecida como PEC da Segurança Pública, que propõe a criação de um Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

Caiado criticou a proposta, argumentando que a centralização das políticas de segurança nas mãos do governo federal “compromete a eficácia do combate ao crime” e desrespeita a autonomia dos estados. “Não podemos tratar faccionado como crime comum. Teve uma progressão assustadora. É um processo de complacência e conivência com os crimes”, afirmou.

Críticas ao governo federal e avanço do crime organizado

O governador goiano apontou falhas nas ações federais que, segundo ele, beneficiam o crime organizado, como a fragilidade no controle de fronteiras, contrabando de armas, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas“O presidente da República precisava ter comando sobre as forças dele e tratar os crimes que estão sob sua tutela, sem interferir na prerrogativa constitucional dos governadores”, disse.

Caiado também destacou a infiltração das facções em setores econômicos, citando casos no ramo imobiliário, transporte urbano e postos de combustível em estados como Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará“Hoje, eles têm tamanha ousadia que entraram na área empresarial. Invadiram vários setores da economia e colocam interlocutores para captar negócios”, denunciou.

Autonomia dos estados e modelo de Goiás

Defensor da descentralização das políticas de segurança, Caiado afirmou que cada estado tem particularidades no combate ao crime e que um sistema integrado (e não único) seria mais eficiente. Ele citou os resultados de sua gestão em Goiás, onde os índices de criminalidade caíram drasticamente desde 2019:

  • Homicídios dolosos: redução de 55% (de 2.118 em 2018 para 945 em 2024)

  • Roubos a transeuntes: queda de 88% (de 46.270 para 5.645)

  • Roubos de veículos: redução de 93% (de 10.104 para 756)

“Se Goiás hoje é o estado mais seguro do país, é porque tem segurança plena. Ou o bandido muda de profissão, ou muda de estado”, declarou. “Nunca tivemos novo cangaço, assaltos a banco, sequestros ou invasões de terra. É um estado pacificado.”

Apoio de outros governadores e parlamentares

O governador do Pará, Helder Barbalho, que também participou da audiência, endossou as críticas de Caiado. “O país clama por respostas urgentes. O Brasil precisa se unir contra o crime organizado”, afirmou.

Deputados presentes no debate, como Caroline de Toni (PL-SC) e Pedro Aihara (PL-MG), defenderam a manutenção do pacto federativo e rejeitaram a PEC. “Investir nas estruturas estaduais é a solução, não mudanças constitucionais sem efeito prático”, disse Aihara.

A PEC 18/25 segue em tramitação na CCJ, mas a resistência de líderes estaduais e parlamentares indica um cenário de embate político sobre o futuro da segurança pública no Brasil.

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Com informações da Agência Câmara de Notícias

 
 
 
 
 
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