25 de abril de 2025
Goiás

Caiado quer levar modelo de segurança de Goiás para todo o Brasil: “Resultados mostram que funciona”

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reafirmou nesta quarta-feira (9/4) seu compromisso com a segurança pública e revelou seu principal plano como pré-candidato à Presidência da República em 2026: expandir para todo o Brasil o modelo de combate ao crime implantado em Goiás.

Durante entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, Caiado foi direto: o país precisa de ações concretas contra o avanço das facções criminosas, e o caminho, segundo ele, é descentralizar o poder e permitir que os estados tenham mais autonomia.

“Vamos nacionalizar o modelo goiano. Os resultados estão aí para provar que funciona. Em Goiás, enfrentamos as facções de frente, com inteligência, ação rápida e leis mais duras”, destacou.

Caiado critica o que chama de “centralização excessiva” da proposta de PEC da Segurança, idealizada pelo governo Lula, e defende que os estados tenham liberdade para agir de acordo com suas realidades.

“O que vemos hoje é o governo querendo concentrar tudo em Brasília. Isso engessa os estados. É preciso dar poder para que cada unidade da federação tenha condições de responder aos seus problemas”, argumentou.

Goiás como exemplo

Sob sua gestão, Goiás apresentou quedas expressivas nos principais indicadores de criminalidade entre 2018 e 2024:

  • 🔒 Roubo a banco: zerado

  • 🚛 Roubo de cargas: queda de 97%

  • 🚗 Roubo de veículos: queda de 93%

  • 🧍 Roubo a transeuntes: queda de 88%

  • 🏪 Roubo em comércios: queda de 87%

  • 🏠 Roubo a residências: queda de 79%

  • 🔪 Homicídios dolosos: redução de 55%

Esses resultados, segundo Caiado, são fruto de uma política firme e estruturada, com investimento em tecnologia, inteligência e valorização das forças de segurança.

“Criamos uma força operativa equipada, usamos drones, ampliamos presídios e trabalhamos com dados. Goiás virou referência, e queremos fazer isso em todo o país”, pontuou.

Propostas para o Brasil

Caso eleito, Caiado propõe:

  • Criação de 300 mil novas vagas em presídios, com foco em crimes de responsabilidade federal sob tutela dos estados;

  • Maior repasse de fundos para as polícias, sem contingenciamento, e com armamento moderno, uso de satélites e drones de longo alcance;

  • Integração com forças federais, formando uma força de elite com alta capacidade operacional;

  • Articulação internacional com países produtores de cocaína (como Bolívia, Peru e Colômbia) para enfrentar o tráfico com cooperação direta;

  • Retomada de territórios dominados por facções, como a Amazônia, regiões de Salvador, Fortaleza e comunidades no Rio de Janeiro.

“É hora de o Brasil agir com a mesma firmeza que aplicamos em Goiás. Não podemos mais aceitar que facções governem mais que governadores”, concluiu.

Caiado transformou Goiás em um laboratório de segurança pública e agora quer aplicar o mesmo modelo em escala nacional. O debate está lançado — e a segurança pública já se desenha como um dos temas centrais das eleições de 2026.

“É preciso respeitar os entes federados. O que vemos hoje é o contrário, é o governo querendo concentrar o poder dentro de Brasília”, afirmou.

O governador ressaltou a importância de dar mais autonomia aos estados para agir com rapidez e firmeza diante da criminalidade local.

“Primeiro, é necessária uma mudança que faça com que a estrutura estadual tenha mais poder no enfrentamento e nas penas dos crimes cometidos ali. Isso para que os estados possam ter medidas rápidas em relação aos crimes que estão sendo praticados e que têm motivado insegurança em seu território”, completou.

Como exemplo, citou os incêndios criminosos registrados em Goiás, em agosto de 2024. Na ocasião, ele sancionou uma lei que tornava esse tipo de crime inafiançável, mas a medida foi posteriormente derrubada pela Justiça.

Sistema prisional e inteligência nacional

Em sua proposta de segurança pública nacional, Caiado também destacou a necessidade de ampliar o sistema prisional, com a criação de 300 mil novas vagas em presídios pelo país, considerando que muitos dos detentos respondem por crimes de responsabilidade federal, mas estão sob a tutela dos estados.

Outro ponto defendido é a criação de uma força de segurança com inteligência operacional e tecnologia de ponta.

“É preciso garantir o repasse de fundos sem contingenciamento, que cheguem diretamente às polícias militares e que haja uma atuação conjunta com a polícia federal, com armamentos de última geração, drones de longo alcance e satélites de inteligência”, explicou.

Caiado também propôs uma articulação internacional no combate ao tráfico de drogas, com foco em acordos com países produtores como Bolívia, Peru e Colômbia. Segundo ele, é necessário retomar o controle de áreas dominadas por facções.

“É criar uma força integrada com as Forças Armadas brasileiras para retomar a Amazônia, o Morro do Borel, Salvador, Fortaleza e outros tantos estados onde as facções governam mais que os governadores”, afirmou.

 

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