Governador de Goiás critica posição de Davi Alcolumbre e afirma que “se há maioria, deve-se pautar e votar”; declaração foi dada após reunião de governadores de direita em Brasília
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), entrou em rota de colisão com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), ao defender que pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser votados caso tenham apoio da maioria dos parlamentares. A declaração foi dada nesta quarta-feira (08), após reunião de governadores de direita e centro-direita na capital federal.
Alcolumbre havia afirmado que não pautaria processos do tipo “nem com 81 assinaturas” (maioria do Senado). Caiado rebateu:
“Quem pauta é a maioria. Se tem maioria, tem que pautar e votar. Este é o sistema democrático em que vivemos. Não cabe alguém querer refutar a vontade da maioria daqueles que assinaram o requerimento de urgência. O presidente [do Senado] tem que cumprir e colocar em votação”, disse o governador.
Críticas ao governo Lula
Em coletiva à imprensa, Caiado também atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua reação à sobretexação de impostos imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros:
“Ao ver um presidente da República em comunicado nacional dizer que ‘não tem nada a falar sobre Estados Unidos’, mostra a total insensatez de quem, em vez de se preocupar com economia, emprego e empresas, quer antecipar o processo eleitoral. Isso causa indignação”, afirmou.
O grupo de governadores discutiu medidas para minimizar impactos da decisão americana, que afeta setores como aço e alumínio.
Contexto
A tensão entre Caiado e Alcolumbre ocorre em meio a pressões de parte do Centrão e da direita por votação de impeachments contra ministros do STF, como Alexandre de Moraes, alvo de críticas por decisões polêmicas. O presidente do Senado, porém, resiste à pauta.
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