O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de Goiás atingiu 46,5 pontos em agosto, registrando ligeira alta em relação a julho (45,4 pontos), mas mantendo-se abaixo da linha de 50 pontos, que separa otimismo de pessimismo. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14/8) pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), com base em pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Destaques por porte de empresa
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Médias indústrias apresentaram maior confiança (49,3 pontos), próximas da zona de otimismo.
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Grandes empresas marcaram 47,4 pontos.
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Pequenas indústrias ficaram em 42,8 pontos, indicando maior cautela.
O Indicador de Condições Atuais, que avalia a percepção dos empresários sobre o momento econômico, subiu de 42,7 para 43,6 pontos. Já o Indicador de Expectativas, que mede as projeções para os próximos seis meses, avançou para 48 pontos, com destaque para as médias empresas, que permanecem acima dos 50 pontos.
Cenário Nacional: Confiança em Queda
No Brasil, o Icei recuou 1,2 ponto em agosto, chegando a 46,1 pontos – o menor patamar do ano e o oitavo mês consecutivo abaixo de 50 pontos. O Índice de Expectativas caiu para 47,8 pontos, enquanto o de Condições Atuais teve leve alta (de 42,4 para 42,6 pontos).
Setor da Construção em Goiás Piora
Um dos destaques negativos foi o desempenho da indústria da construção no estado, onde o Icei despencou de 44,9 para 36,9 pontos, interrompendo a recuperação observada em julho.
Análise: Cautela e Incertezas
Segundo Cláudio Henrique Oliveira, economista da Fieg, os resultados mostram que, apesar da melhora marginal, o empresariado goiano mantém postura cautelosa.
“A combinação de juros elevados e incertezas sobre os próximos meses inibe decisões mais ousadas de investimento”, afirmou.
O cenário sugere que, embora haja sinais pontuais de recuperação, a confiança do setor industrial ainda enfrenta desafios, tanto em Goiás quanto no país.
Fonte: Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) / Confederação Nacional da Indústria (CNI)