O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), já começou a desenhar sua estratégia para as eleições de 2026. Com a certeza de assumir o governo no próximo ano após a renúncia do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), ele inicia, ainda no segundo semestre deste ano, articulações para expandir a base de apoio e atrair novos partidos à coalizão governista.
Em 2022, a chapa Caiado/Vilela contou com o respaldo de 13 partidos – incluindo União Brasil, MDB, PSD, Republicanos e PDT. Agora, o futuro governador busca ampliar essa frente, negociando com legendas como PSB, Cidadania, PMB e até mesmo o PL, que possui o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV.
PL pode ser peça-chave na estratégia
O Partido Liberal (PL), liderado nacionalmente por Waldemar Costa Neto e, em Goiás, pelo senador Wilder Morais, surge como um aliado em potencial. Apesar de o partido não descartar lançar um nome próprio ao governo, há um grupo interno – encabeçado pelo ex-deputado Major Vitor Hugo, hoje vereador em Goiânia – que avalia uma aliança com o MDB.
Em troca do apoio a Vilela, o PL poderia indicar Major Vitor Hugo como candidato ao Senado. O assunto já foi discutido com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com a cúpula nacional do partido. Se fechado, o acordo fortaleceria a chapa governista com o tempo de mídia do PL e sua influência no eleitorado conservador.
Governabilidade e campanha antecipada
Além do PL, Vilela mantém diálogo com outras siglas, como Mobiliza, Democracia Cristã (DC) e o recém-criado PRD. O objetivo é assegurar não apenas vitória nas urnas, mas também sustentação política para os próximos anos.
Com as convenções partidárias marcadas para julho de 2026, o futuro governador tem tempo para costurar acordos. Sua aposta é que, com uma base ampla, sua campanha terá mais espaço para divulgar propostas e consolidar sua imagem como sucessor natural de Caiado.
Enquanto isso, o cenário político em Goiás começa a se desenhar: se o PL entrar na aliança, a oposição terá um desafio ainda maior para enfrentar a máquina governista. Caso contrário, a disputa pode se acirrar, com o MDB precisando compensar a falta do partido com outras parcerias.
Uma coisa é certa: Daniel Vilela não quer perder tempo. E a movimentação já começou.