O anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos pode parecer um problema distante, mas seu impacto chegará diretamente à mesa, ao posto de gasolina e ao salário do trabalhador. A medida, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump em caso de reeleição, atingirá em cheio as principais exportações do Brasil: aço, carne, soja, café, laranja, alumínio, minério e autopeças.
Como uma tarifa lá afeta o preço do pão aqui?
O raciocínio é simples: se os produtos brasileiros ficarem 50% mais caros para os americanos, a tendência é que eles busquem fornecedores mais baratos. Com menos compradores, o Brasil venderá menos e, consequentemente, receberá menos dólares.
E quando o dólar escasseia, seu preço sobe. E quando o dólar sobe, tudo sobe junto:
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Combustível (cotado em dólar) fica mais caro → frete aumenta → comida chega mais cara ao mercado.
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Gás de cozinha (ligado ao petróleo internacional) dispara.
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Remédios (que dependem de insumos importados) encarecem.
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Tratores, fertilizantes e diesel (usados no agro) pesam no custo da produção → arroz, feijão e leite ficam mais caros.
O efeito dominó da crise
Se as exportações caírem, o setor industrial perde fôlego, as empresas reduzem produção e cortam empregos. O desemprego pressiona ainda mais a economia, criando um ciclo vicioso.
“Você não come dólar, mas é o dólar que come seu salário”, resume o economista [Fulano de Tal]. “Quando o botijão de gás custar R$ 150, o pão R$ 15 e o remédio virar luxo, a tarifa de 50% vai mostrar seu estrago real: 100% na sua vida.”
Por que o Brasil está na mira?
Analistas apontam que a medida reflete tensões geopolíticas mal administradas. “Mexeram com quem não deviam, na hora errada e sem estratégia”, critica [Ciclana], especialista em comércio exterior. Enquanto isso, o trabalhador é quem paga a conta – no mercado, no posto e no fim do mês.
Fique atento: Se a tarifa sair do papel, segure o bolso – o efeito tsunami no preço dos produtos pode começar em semanas.