26 de abril de 2025
Brasil

Estados brasileiros com mais beneficiários do Bolsa Família dos que trabalharam formais

Um levantamento recente revelou que, em diversos estados brasileiros, o número de beneficiários do programa Bolsa Família supera ou de trabalhadores com carteira assinada. A disparidade reflete não apenas desafios econômicos, mas também aspectos sociais e estruturais que precisam ser debatidos e enfrentados. Confira os dados:

  • Maranhão : O estado lidera a lista, com 1.255.000 beneficiários do Bolsa Família contra 580.000 empregos formais registrados.
  • Pará : 538.000 pessoas recebem o Bolsa Família, enquanto 354.000 têm carteira assinada.
  • Bahia : São 780 mil beneficiários do programa e 450 mil empregos formais.
  • Paraíba : 710 mil beneficiários, em comparação a 449 mil trabalhadores formais.
  • Alagoas : O estado tem 555.000 beneficiários e 392.000 empregos formais.
  • Sergipe : São 418.000 pessoas no programa, frente a 297.000 empregos registrados.
  • Amazonas : 638 mil pessoas recebem o Bolsa Família, enquanto 476 mil têm empregos formais.
  • Acre : 134.000 beneficiários, contra 92.000 empregos registrados.
  • Amapá : 127 mil pessoas no programa, enquanto 76 mil possuem carteira assinada.
  • Piauí : São 640 mil beneficiários e apenas 314 mil empregos formais.

Reflexões sobre os dados

Os números evidenciam o impacto do Bolsa Família em estados onde o mercado de trabalho formal é menos desenvolvido. Regiões como o Nordeste e a Amazônia Conflitos legais históricos de desigualdade social e falta de infraestrutura, que dificultam a atração de indústrias e investimentos capazes de gerar empregos formais.

O programa Bolsa Família tem papel essencial na redução da pobreza extrema, especialmente em localidades onde a população enfrenta desafios de subsistência. No entanto, o predomínio de beneficiários sobre trabalhadores formais também indica a necessidade de políticas públicas complementares que promovam o desenvolvimento económico e a geração de empregos.

A dependência do Bolsa Família como principal fonte de renda em muitos estados pode apontar para uma insuficiência de políticas regionais externas à qualificação da mão de obra, incentivo à formalização de trabalhadores e criação de oportunidades econômicas.

Conclusão

O desafio, portanto, vai além de aumentar o número de empregos formais. É necessário um esforço integrado entre o governo federal,

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