O governo dos Estados Unidos estuda incluir o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) em sua lista de organizações terroristas, segundo análise da consultoria Eurasia Group. A medida, discutida há meses em Washington, ganhou força após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF e as recentes tensões diplomáticas entre os dois países.
🔍 Contexto das sanções
A possibilidade foi citada em um relatório da Eurasia Group que lista retaliações potenciais ao Brasil após o julgamento de Bolsonaro. O governo Donald Trump já adotou medidas como:
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Tarifa de 50% sobre produtos brasileiros;
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Sanções ao ministro Alexandre de Moraes pela Lei Magnitsky;
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Críticas públicas ao STF, classificando o processo como “caça às bruxas”.
💬 Declarações recentes
Na segunda-feira (15/09), o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que novas medidas contra o Brasil serão anunciadas “em breve”. A porta-voz da Casa Branca já havia dito que os EUA podem usar “poder militar e econômico para defender a liberdade de expressão no Brasil”.
🧩 Impactos de uma designação terrorista
Se implementada, a medida permitiria aos EUA:
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Congelar ativos de grupos e indivíduos vinculados às facções;
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Impedir transações financeiras em dólar envolvendo suspeitos;
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Aplicar sanções secundárias a empresas que negociem com entidades ligadas ao crime.
🇧🇷 Posição do Brasil
O governo brasileiro rejeitou anteriormente pedidos dos EUA para classificar PCC e CV como terroristas, argumentando que:
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As facções não se enquadram na definição legal de terrorismo no Brasil (Lei 13.260/2016);
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Sua motivação é econômica, não ideológica ou política;
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A medida poderia violar a soberania nacional e afetar negócios legítimos.
🌎 Foco americano no narcotráfico
A administração Trump tem priorizado o combate ao narcotráfico na América Latina, com:
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Operações militares no Caribe contra “narcoterroristas”;
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Envio de caças F-35 para Porto Rico;
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Inclusão de cartéis mexicanos e venezuelanos na lista terrorista.
⚖️ Preocupações brasileiras
Especialistas alertam que a designação podería:
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Afetar transações financeiras internacionais do Brasil;
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Manchar a imagem de empresas com ligações indiretas com facções;
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Escalar tensões diplomáticas entre os países.
📌 Próximos passos
A decisão final depende do Departamento de Estado americano, mas analistas da Eurasia Group avaliam que a probabilidade aumenta nos próximos 6 a 8 meses. Enquanto isso, o governo brasileiro reforça que combate o crime organizado com ferramentas próprias, sem necessidade de intervenção externa.
OBS: Esta é uma análise com base em relatórios e declarações públicas. O governo dos EUA não confirmou oficialmente os planos.