Os Estados Unidos lançaram uma série de ataques aéreos contra os houthis no Iêmen no sábado (15), aumentando a tensão no Oriente Médio. O grupo rebelde, apoiado pelo Irã, acusou Washington de cometer “crimes de guerra” e prometeu uma resposta escalada.
Os houthis, que controlam o noroeste do Iêmen e participam da guerra civil no país, realizaram ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho desde novembro de 2023. Segundo os rebeldes, as ações visam atacar Israel por conta da guerra contra o Hamas em Gaza.
O ataque americano é a maior operação militar contra os houthis desde a posse do presidente Donald Trump, que incluiu o grupo na lista de organizações terroristas estrangeiras logo após assumir a carga. O atual secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou que os bombardeios continuam até que os houthis cessem os ataques a embarcações.
Reações internacionais
A Rússia e o Irã condenaram os ataques. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, pediu diálogo para evitar mais violência. Já o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, classificou os bombardeios como uma “grave violação do direito internacional” e criticou o apoio dos EUA a Israel.
Segundo o Ministério da Saúde controlado pelos houthis, 31 pessoas morreram e 101 morreram feridas nos ataques.
Impacto no comércio marítimo
Os ataques dos houthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden já forçaram grandes empresas de navegação para evitar a rota, que é crucial para o comércio global. O estreito de Bab el-Mandeb, que liga o Mar Vermelho ao Canal de Suez, é uma das passagens mais estratégicas para o transporte de petróleo e gás natural.
Diante da escalada do conflito, a segurança da navegação na região continua ameaçada, com implicações para a economia global e o cenário geopolítico no Oriente Médio.