Dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) revelam uma redução significativa nos registros de queimadas em Goiás no primeiro semestre de 2025. Entre janeiro e julho deste ano, foram contabilizados 1.030 focos de incêndio, número 34,1% menor que o registrado no mesmo período de 2024, quando houve 1.565 ocorrências.
Os números, captados pelo satélite Aqua M-T (que identifica focos com área superior a 30 m²), representam o melhor desempenho do estado desde 2019. Em comparação com anos anteriores, os registros foram:
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2019: 1.192 focos
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2020: 1.298 focos
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2021: 1.631 focos
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2022: 1.711 focos
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2023: 1.339 focos
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2024: 1.565 focos
Fatores por trás da redução
Segundo André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrográficas de Goiás (Cimehgo), a queda reflete o amadurecimento das políticas públicas de monitoramento e combate a incêndios. “Os números estão ficando melhores com o passar do tempo porque estamos usando a nossa experiência para aprimorar procedimentos”, afirmou.
Além disso, condições climáticas mais favoráveis em 2025 — como volume maior de chuvas e o fim do fenômeno El Niño, que intensificou a seca em 2024 — contribuíram para a redução. Os meses de fevereiro a abril tiveram as quedas mais expressivas:
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Fevereiro: -45%
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Março: -56,1%
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Abril: -60,8%
Desafios e alertas
Apesar do avanço, Amorim reforça que o combate às queimadas exige conscientização coletiva. “Melhorar esses números depende de nós e é compromisso de todos. Ainda há pessoas que desrespeitam a lei e utilizam fogo para limpar pasto e queimar lixo”, destacou.
Ele lembra que o decreto do governador Ronaldo Caiado, que impõe restrições severas ao uso do fogo durante o período de estiagem, segue em vigor. A medida visa coibir práticas irregulares e prevenir novos incêndios.
Perspectivas
Com a chegada do período mais seco do ano, a Semad e o Corpo de Bombeiros mantêm operações intensificadas de fiscalização e combate a queimadas. A expectativa é que a tendência de queda se mantenha, mas autoridades reforçam a necessidade de denúncias e adoção de alternativas sustentáveis ao uso do fogo.
Fonte: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) | Cimehgo