Governo lança o Drex. A moeda digital que colocará fim à sua pri
O Banco Central tornou oficial nesta semana o que será a maior transformação no sistema financeiro brasileiro desde o Pix: o Drex, a moeda digital oficial do Brasil, que começa a operar em 2026. Mas, afinal, o que é exatamente essa novidade – e como ela vai afetar seu bolso?
Não é Pix, não é criptomoeda: entenda o Drex
Ao contrário do que muitos imaginam, o Drex não é uma evolução do Pix nem uma criptomoeda como Bitcoin. Trata-se de uma moeda digital emitida e controlada pelo Banco Central, com uma diferença crucial: todas as transações serão rastreáveis pelas autoridades.
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Como funciona? Cada Drex valerá exatamente 1 real, mas, uma vez convertido, não poderá ser transformado de volta em papel-moeda.
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Onde será usado? Inicialmente, em transações de alto valor: compra e venda de imóveis, veículos e operações de crédito.
Privacidade? Só no papel
A proposta inicial do Drex, em 2024, prometia um equilíbrio entre segurança, privacidade e rastreabilidade. O anúncio desta semana, porém, deixou claro: o controle prevalece.
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Sem blockchain: Ao contrário de criptomoedas, o Drex não usará tecnologia descentralizada.
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Sem anonimato: Todas as transações ficarão registradas e poderão ser monitoradas pelo BC.
“O Drex não é o dinheiro do futuro, mas a preservação do passado e do controle”, criticou um engenheiro que participou do projeto e pediu para não ser identificado.
Brasil na vanguarda (com ressalvas)
O país se tornará o primeiro grande democracia a adotar uma moeda digital oficial nesse modelo – à frente até mesmo dos EUA e da Europa. A China, que já tem seu yuan digital, é frequentemente citada como exemplo, mas sua moeda está atrelada a um regime não democrático.
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Vantagem? Potencial para reduzir fraudes e aumentar a eficiência em transações complexas.
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Risco? Centralização extrema do controle monetário nas mãos do governo.
Você trocaria seu dinheiro por Drex?
A pergunta que fica é: vale a pena abrir mão do dinheiro físico por uma moeda 100% rastreável? Imagine trocar R$ 100 por Drex e nunca mais poder sacá-los em papel. Para alguns, é conveniência. Para outros, um passo arriscado em direção a um Big Brother financeiro.
Uma coisa é certa: a partir de 2026, lidar com dinheiro no Brasil nunca mais será o mesmo.
vacidade.