16 de dezembro de 2025
Goiânia

IMAGENS DE DEZENAS DE PONTOS ALAGADOS DESMENTEM MABEL, QUE AFIRMA ESTAR TUDO SOB CONTROLE

Imagem reprodução

Goiânia viveu um dos episódios mais críticos de alagamento de sua história neste último sábado, com chuvas intensas transformando vias em rios e invadindo centenas de residências. Apesar das inúmeras imagens e relatos de moradores e da imprensa registrando a gravidade da situação, o prefeito Sandro Mabel utilizou suas redes sociais para afirmar que a cidade “respondeu bem às chuvas”. A declaração, considerada por muitos como minimizadora, colide frontalmente com o cenário de caos enfrentado pela população.

Os pontos críticos, historicamente problemáticos como a Marginal Botafogo – ironicamente apelidada de “Bota Água” –, voltaram a ser palco de transtornos. No entanto, a dimensão desta vez foi ampliada: bairros como Jardim Atlântico, onde cerca de 40 casas foram inundadas, Setor Campinas, Pedro Ludovico e diversos outros setores registraram alagamentos de grande porte. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil realizaram múltiplos resgates, incluindo uma operação dramática no Setor Pedro Ludovico, onde uma adolescente foi arrastada por uma enxurrada. Testemunhas relataram que cidadãos precisaram levantar um carro e cortar os cabelos da jovem para libertá-la, em um ato desesperado de solidariedade.

A fala do prefeito gerou uma onda de indignação nas redes sociais. Moradores questionam, por meio de comentários, “em que Goiânia o prefeito vive”, classificando a afirmação como “irresponsável”. O sentimento geral é de que a gestão municipal falha em reconhecer a real extensão do problema, que resultou em perdas materiais significativas, risco iminente à vida e a sensação de abandono por parte do poder público.

Com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitindo alertas para novas tempestades, o temor é que os eventos extremos se repitam, encontrando uma cidade estruturalmente despreparada. A pergunta que permanece, e que ecoa entre os goianienses, é: quantas tragédias serão necessárias para que o discurso oficial se alinhe à realidade urgente das ruas e das famílias atingidas?

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