A possibilidade de incluir bicicletas no rol de veículos sujeitos ao IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) tem gerado polêmica entre ciclistas, especialistas em mobilidade urbana e gestores públicos em todo o país.
O debate, que já existia em anos anteriores, ganhou novo fôlego em 2025, após a circulação de propostas legislativas em alguns estados e municípios que defendem a taxação das “magrelas”. A medida, ainda em discussão, divide opiniões: enquanto alguns argumentam que seria uma forma de equilibrar a arrecadação e incentivar a regulamentação do uso de bicicletas, outros veem a proposta como contraproducente, já que poderia desestimular um meio de transporte sustentável e acessível.
Por que taxar bicicletas?
Os defensores da medida alegam que:
✔️ O aumento no uso de bicicletas (inclusive elétricas) exige maior controle e infraestrutura por parte do poder público;
✔️ Ciclistas também utilizam vias públicas, que demandam manutenção;
✔️ A taxação poderia ajudar a financiar ciclovias e políticas de mobilidade.
Os argumentos contra
Por outro lado, críticos afirmam que:
✖️ Bicicletas não causam os mesmos danos às vias que carros e motos;
✖️ A medida pode punir quem opta por um transporte limpo e saudável;
✖️ Muitos ciclistas usam a bike por necessidade econômica, e o imposto seria mais um custo para a população de baixa renda.
O que dizem os especialistas?
Para urbanistas, a discussão deveria focar em como melhorar a mobilidade, e não em criar taxas. “Em vez de tributar a bicicleta, os governos deveriam incentivar seu uso com mais infraestrutura e segurança”, afirma o especialista em transporte sustentável Carlos Ribeiro.
E agora?
Enquanto o debate avança, nenhuma lei foi aprovada até o momento. Mas a discussão já acendeu o alerta em grupos de ciclistas, que temem ver a bike, hoje uma alternativa barata e ecológica, se tornar mais um produto taxado.
📌 Fique de olho: Se aprovada, a medida pode começar a valer em alguns estados a partir de 2026.📸 Arte: Getty Images
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