A Justiça goiana determinou o afastamento por 90 dias do prefeito de Pontalina, Edson Guimarães de Faria (MDB), após comprovar o uso indevido de máquinas, materiais e servidores municipais para beneficiar sua propriedade rural. O vice-prefeito assumiu interinamente a administração municipal.
O caso
Investigação do Ministério Público apontou que, entre 21 de abril e 7 de maio de 2025, o gestor utilizou a fábrica de pré-moldados da prefeitura para produzir 1.500 mourões de concreto, destinados a sua fazenda particular. O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em R$ 150 mil.
Parte dos mourões já havia sido instalada na propriedade do prefeito, enquanto outros permaneciam armazenados na unidade municipal. A decisão judicial autorizou a Polícia Militar a apreender os materiais e determinou o lacre da produção restante.
Nepotismo cruzado
Em paralelo, o filho do prefeito foi afastado do cargo de secretário municipal de Esportes. O MP classificou a nomeação como “nepotismo cruzado”, violando princípios da administração pública.
Possível prorrogação e impeachment
O afastamento de Edson Guimarães pode ser estendido por mais 90 dias, dependendo do andamento das investigações. Enquanto isso, o vereador Renato Cassimiro anunciou que entrará com pedido de impeachment nesta segunda-feira (12/5). A sessão na Câmara está marcada para 19h.
A defesa do prefeito ainda não se manifestou sobre as decisões. O caso reforça o debate sobre transparência e combate a irregularidades na gestão pública.
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