(Foto: SindiGoiânia)
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindiGoiânia), Ronaldo Gonzaga, rebate a alegação de que 21 mil servidores estariam afastados. Segundo ele, o prefeito Sandro Mabel estaria tentando responsabilizar os servidores pelo caos na administração municipal.
A declaração de Gonzaga ocorreu após uma denúncia feita ao Ministério Público de Goiás (MPGO), que indicava esse número. Em nota ao Hoje Goiás , o órgão confirmou que há uma investigação em andamento na 50ª Promotoria de Goiânia para apurar uma “suposta má gestão de afastamentos temporários (licença saúde e outros) no âmbito da Junta Médica do Município de Goiânia”. Segundo o MP, a apuração ainda está em fase inicial, e o número relatado consta na denúncia recebida. No entanto, determinar o quantitativo correto é um dos objetivos da investigação.
Ronaldo afirma que o número real de servidores afastados não chega a 800 e ressalta que o número indicado refere-se a um período de cinco anos, abrangendo a pandemia de Covid-19, quando ocorreu um aumento significativo de afastamentos por doenças. “A prefeitura tem 28 mil servidores. A máquina administrativa não funcionaria com 21 mil afastadas”, argumenta. Ele também defende que, caso sejam constatadas irregularidades, os responsáveis deverão ser punidos.
A Secretaria Municipal de Administração (Semad) informou em nota ao Hoje Goiás , na quarta-feira (16), que há cerca de 26 mil processos administrativos pendentes, o que gerou uma fila de perícias médicas. A secretaria também destacou que a gestão atual está conduzindo uma auditoria para determinar o número exato de servidores afastados, incluindo os da área da Educação, além de mapear o perfil das licenças médicas, considerando fatores como tempo de afastamento e diagnósticos (CID).
O SindiGoiânia, por sua vez, enviou um escritório à prefeitura na mesma data solicitando um levantamento detalhado do número de servidores retirados por motivos de saúde, divididos por órgãos de lotação. O objetivo é claro: a situação para a imprensa. “Nossa preocupação é com a verdade. O que observamos são números exagerados sobre afastamentos, como a alegação de que mais da metade dos servidores estariam de licença médica, o que não condiz com a realidade”, concluiu o sindicato.