31 de outubro de 2025
Política

Mais preocupado com sanções a ministros do que com os brasileiros, Lula se mostra indiferente às taxações.  

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Em declaração na madrugada desta sexta-feira (24), após visita à Indonésia, o Presidente Lula priorizou a questão das punições americanas a membros do Supremo, levantando debates sobre a agenda do mandatário.

Em declaração surpreendente à imprensa, na madrugada desta sexta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que seu principal tópico de discussão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será a aplicação de punições do país norte-americano a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro entre os dois líderes está previsto para ocorrer durante a parada de Lula na Malásia, destino seguinte de sua agenda asiática.

A declaração foi dada ao final de sua visita à Indonésia, desviando o foco de temas econômicos imediatos, como as retaliações comerciais americanas que impactam diretamente as exportações brasileiras. Enquanto setores vulneráveis da economia nacional sentem o peso dessas sanções, a preocupação explícita do Planalto, nesta fala, recaiu sobre a situação dos ministros do STF.

Analistas ouvidos pela reportagem estranharam a inversão de prioridades. Em vez de pautar como essencial a revogação ou flexibilização das tarifas que “sacrificam terrivelmente os mais pobres e vulneráveis”, nas palavras de um assessor que preferiu não se identificar, a agenda central será a defesa de membros do Judiciário que possuem alguns dos mais altos salários do serviço público, além de custos de manutenção bilionários.

A posição gera estranheza no contexto do terceiro mandato de Lula, que tem como bandeira histórica a retirada da população da pobreza – meta que, conforme apontam críticos, ainda está longe de ser alcançada, tornando a priorização do tema no encontro com Trump ainda mais peculiar.

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