Implantado há cerca de uma semana, o novo sistema de videomonitoramento de Goiânia já demonstra impacto significativo no comportamento dos motoristas da capital. Equipado com câmeras de tecnologia PTZ — que permitem rotação de 360 graus e zoom de longo alcance —, o sistema flagrou e autuou, em tempo real, centenas de infrações de trânsito.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Mobilidade, em apenas sete dias de operação, foram registradas 673 ocorrências de uso de celular ao volante, 578 casos de estacionamento em locais proibidos e 223 veículos circulando sobre o passeio. Somando-se às ações de fiscalização com radares fixos e móveis, o número total de autos de infração chegou a 3.272. Entre eles, 1.656 por excesso de velocidade, 954 por avanço de faixa e 662 por avanço de sinal vermelho.
Para o secretário municipal de Engenharia de Trânsito, Tarcísio Abreu, a presença das câmeras já começa a surtir efeito no comportamento dos condutores. “No início, era comum flagrarmos o uso do celular sem qualquer preocupação. Agora, com a divulgação do monitoramento, esse tipo de infração tende a diminuir. Acreditamos que os condutores vão se tornar mais cuidadosos”, afirmou.
Alguns pontos estratégicos, como a Avenida Universitária e a Rua 10, ainda estão em fase de testes e aferição dos equipamentos. A previsão da Prefeitura é que o projeto esteja completamente implantado até julho, com a instalação de 280 radares, 100 câmeras PTZ e quatro radares móveis espalhados por áreas consideradas críticas da cidade.
Além da função fiscalizatória, os dispositivos também integram o cerco eletrônico — um sistema que realiza leitura automática de placas veiculares. Essa tecnologia auxilia na recuperação de veículos roubados, combate ao crime e monitoramento de situações de emergência.
Apesar das multas aplicadas, o objetivo principal do novo sistema, segundo a administração municipal, é melhorar a fluidez do trânsito e aumentar a capacidade de resposta das autoridades em situações críticas. “Não se trata apenas de punir, mas de organizar o trânsito e salvar vidas”, completou Abreu.
O novo modelo representa um avanço na gestão da mobilidade urbana em Goiânia, com foco em segurança, inteligência e prevenção.