2 de maio de 2025
Economia

Orçamento federal para 2026 gera alerta: gastos obrigatórios sufocam investimentos

Imagem reprodução.

O governo federal apresentou nesta terça-feira (15) o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026, e as projeções já estão sendo questionadas por economistas. O principal ponto de preocupação é o crescente desequilíbrio entre gastos obrigatórios (como previdência, saúde e educação) e investimentos — que ficam cada vez mais apertados.

O que preocupa no orçamento?

  • Gastos obrigatórios devem consumir 17,4% do PIB em 2026 (R2,385trilho~es),enquantoos∗∗investimentos(discricionaˊrios)∗∗ficara~ocomapenas∗∗1,5 208,3 bilhões).

  • Até 2029, a situação piora: os gastos discricionários devem cair para míseros 0,1% do PIB (R$ 8,9 bilhões), enquanto os obrigatórios seguem subindo.

  • Precatórios (dívidas judiciais) entrarão no cálculo da meta fiscal a partir de 2027, pressionando ainda mais o orçamento.

Déficit e dívida em alta

Economistas alertam que o governo pode não conseguir cumprir a meta de déficit zero em 2026. A XP Investimentos projeta um rombo de 0,9% do PIB, enquanto o governo ainda espera um superávit de 0,25%.

Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, afirma que o arcabouço fiscal atual não está segurando os gastos:

“As projeções de dívida indicam que o arcabouço fiscal não tem sido eficaz para estabilizar as contas públicas no longo prazo.”

O que vem pela frente?

  • O governo pode precisar mudar a meta fiscal em agosto, quando enviar o Orçamento, para evitar um choque com o mercado.

  • A partir de 2027, um ajuste fiscal mais duro será necessário, possivelmente com novas medidas para conter gastos ou aumentar receitas.

  • A dívida pública, hoje em 80% do PIB, pode chegar a 94,7% em 2034, segundo a XP — muito acima da média de países emergentes.

Conclusão

Enquanto os gastos obrigatórios seguem em alta, o espaço para investimentos em infraestrutura, ciência e inovação diminui. Se nada for feito, o Brasil pode entrar em uma espiral de endividamento, limitando ainda mais o crescimento econômico nos próximos anos.

E você, acha que o governo conseguirá equilibrar as contas sem cortes mais profundos?

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