Em sua primeira missa solene como líder da Igreja Católica, o Papa Leão XIV fez um discurso marcado por chamados à unidade, justiça social e moderação no exercício do poder. Diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o novo pontífice prometeu preservar os ensinamentos tradicionais da Igreja, mas sem recuar diante dos desafios do mundo moderno.
Tradição sem isolamento
Em seu sermão, Leão XIV afirmou que a Igreja, com seus 1,4 bilhão de fiéis, deve permanecer fiel às suas raízes, mas sem se fechar em si mesma. “Não há espaço para propaganda religiosa ou jogos de poder no futuro desta instituição”, declarou, em uma aparente crítica a divisões internas e à politização da fé.
Críticas ao sistema econômico e defesa dos pobres
Mantendo a linha de seu antecessor, o Papa Francisco, Leão XIV condenou o modelo econômico global, acusando-o de “explorar os recursos da Terra e marginalizar os mais pobres”. A fala reforça o compromisso social do Vaticano em meio a crises ambientais e desigualdades crescentes.
Governo colegiado e rejeição ao autoritarismo
Em um trecho que chamou atenção, o novo papa alertou contra a centralização excessiva de poder no papado, prometendo governar “sem nunca ceder à tentação de ser um autocrata”. A declaração sugere uma abordagem mais colaborativa em sua gestão, possivelmente ampliando a participação de bispos e cardeais nas decisões da Igreja.
O que esperar do novo pontificado?
Analistas veem no discurso de Leão XIV um equilíbrio entre continuidade e mudança:
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Manutenção do enfoque social e ecológico de Francisco.
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Ênfase na transparência e governança compartilhada, após anos de debates sobre reformas na Cúria Romana.
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Disposição para dialogar com o mundo moderno, sem abrir mão de princípios doutrinais.
O pontífice encerrou a cerimônia com um apelo à esperança, pedindo que os católicos “caminhem juntos, com humildade e coragem”. Seu próximo desafio será traduzir essas palavras em ações em um cenário global complexo e polarizado.
Fonte: Vatican News | Associated Press
