25 de abril de 2025
Saúde

Pesquisa revela: redes sociais afetam mais a saúde mental das mulheres do que dos homens

Imagem reprodução

Um estudo conjunto entre universidades da Espanha e dos Estados Unidos trouxe à tona uma realidade alarmante: as redes sociais impactam de forma significativamente mais agressiva o psicológico das mulheres do que o dos homens. E o motivo vai além da simples comparação entre usuários.

Segundo os pesquisadores, os algoritmos das principais plataformas digitais foram moldados para reforçar padrões estéticos e comportamentais que atingem, principalmente, o público feminino. Enquanto perfis masculinos recebem majoritariamente conteúdos sobre carros, piadas ou treinos físicos, mulheres são expostas a uma enxurrada de imagens de rostos perfeitos, corpos irreais e estilos de vida altamente idealizados — e muitas vezes inatingíveis.

O estudo mostra que essa exposição constante não é aleatória, mas uma consequência direta do funcionamento dos algoritmos. Quanto mais uma usuária interage com esse tipo de conteúdo, mais o sistema oferece publicações semelhantes. O resultado? Um ciclo vicioso de comparação, cobrança estética e ansiedade — especialmente entre adolescentes e jovens mulheres.

“É um padrão de consumo invisível, que se alimenta do comportamento do usuário e reforça estereótipos nocivos”, afirma um dos autores do estudo.

O impacto vai além da tela. Relatos crescentes de crises de ansiedade, baixa autoestima e até quadros de depressão têm sido associados à pressão virtual por um ideal de beleza que não condiz com a realidade. “O espelho não tem filtro”, alerta um trecho da análise, referindo-se à discrepância entre a imagem virtual e a vida real.

A pesquisa também aponta que muitas jovens estão entrando em crises silenciosas, isoladas em seus quartos, afetadas pela constante comparação com influenciadoras digitais ou padrões inalcançáveis de beleza e sucesso.

Especialistas em saúde mental recomendam atenção redobrada ao tempo gasto nas redes sociais e, principalmente, à forma como se sente após consumir determinado tipo de conteúdo. A pergunta-chave é simples: “Você se sente empoderada ou esgotada depois de 30 minutos no Instagram?”

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