15 de dezembro de 2025
Polícia

PF indicia deputado Gustavo Gayer por associação criminosa para desviar cota parlamentar

Imagem reprodução

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a formação de uma associação criminosa voltada para o desvio de recursos da cota parlamentar. Segundo as investigações, o grupo utilizou documentos falsos para criar uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) com o objetivo de ser beneficiada com verbas públicas do mandato.

Além do parlamentar, também foram indiciados seu filho e integrantes do gabinete do deputado na Câmara Federal, em Brasília. O caso teve um de seus desdobramentos em outubro de 2024, quando a PF realizou uma operação de busca e apreensão autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra Gayer e seus assessores. Na ocasião, aproximadamente R$ 70 mil foram apreendidos com um funcionário do gabinete. Os mandados foram cumpridos em cidades goianas, incluindo Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Goiânia e Aparecida de Goiânia.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Gayer reagiu ao indiciamento. Ele afirmou que a acusação se baseia na alegação de que estaria usando a cota parlamentar para pagar o aluguel de um imóvel que abrigava uma suposta escola de inglês e uma loja online de roupas, disfarçados de escritório político. O deputado negou as acusações, explicando que o local, que de fato foi sua escola de inglês (hoje com operação online), posteriormente se tornou um escritório político dedicado à campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Gayer também atribuiu a investigação ao ministro do STF Alexandre de Moraes, acusando-o de liderar o inquérito como uma tentativa política de impedir sua candidatura ao Senado Federal.

Com o indiciamento, o caso segue para análise do Ministério Público Federal (MPF), que decidirá sobre a apresentação de denúncia à Justiça.

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