A Polícia Civil de Goiás (PCGO) optou pelo silêncio após ser questionada por HOJE Goiás, TV Anhanguera e outros veículos da imprensa profissional sobre o vazamento de uma perícia que identificou diálogos do prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), com indiciados no caso “Anápolis na Roda”. Os registros teriam sido extraídos de um grupo de WhatsApp chamado “Café com Pimenta”.
A reportagem do HOJE Goiás buscou resposta junto a um dos responsáveis pelo inquérito, que afirmou: “Os delegados do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) não irão se pronunciar. A assessoria de comunicação da PCGO irá se pronunciar!” No entanto, até as 18h desta sexta-feira (23), nenhum posicionamento oficial foi divulgado.
Vazamento veiculado por site ligado a adversário político
O conteúdo da perícia veio a público por meio do site “Anápolis Diário”, editado pelo jornalista Henrique Morgantini, ex-assessor do ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos). Dias antes, Morgantini já havia tido acesso privilegiado a detalhes do inquérito que nem mesmo a Polícia Civil havia tornado públicos em coletiva.
Em 2024, Roberto Naves, que disputou a prefeitura contra Márcio Corrêa, classificou publicamente o atual prefeito como “inimigo político”.
Operação Máscara Digital e demissões
A Operação Máscara Digital, deflagrada em 16 de maio, cumpriu mandados contra os então chefes de comunicação da Prefeitura de Anápolis, Luís Gustavo Rocha, e da Câmara Municipal, Denilson Boaventura, além da ex-candidata a vereadora Ellysama Aires (PRTB). Segundo a PCGO, o trio atuou em conluio para produzir fake news no perfil “Anápolis na Roda”.
Após a operação, Luís Gustavo e Denilson foram exonerados na última segunda-feira (19). Internamente, a ação policial também foi alvo de críticas dentro da própria Polícia Civil, conforme apurou o HOJE Goiás.
Aguardamos o posicionamento oficial da PCGO.