O procurador-geral da Câmara Municipal de Goiânia, Kowalsky Ribeiro, solicitou sua exoneração voluntária do cargo nesta quinta-feira (8), após uma reunião com a Mesa Diretora da Casa. A decisão ocorre dias depois de um conflito no estacionamento do legislativo, no qual ele é acusado pelo vereador Sargento Novandir (MDB) de ameaçar dois servidores com uma arma.
O incidente
O caso teria começado com uma disputa por vaga no estacionamento da Câmara na última segunda-feira (5). Segundo testemunhas, o motorista e o chefe de gabinete do vereador Novandir estacionaram rapidamente em uma área próxima ao plenário quando foram abordados por Kowalsky. Relatos indicam que o procurador teria xingado os servidores e, em seguida, sacado uma arma, apontando-a em direção ao assessor.
O vereador Novandir, que é policial militar, compareceu ao local em uma viatura da PMGO, mas Kowalsky já havia se recolhido à sua sala. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) foi acionada, conforme previsto em lei para casos envolvendo advogados em situações de flagrante. O assessor do parlamentar registrou um boletim de ocorrência, e a Câmara afirmou que está colaborando com as investigações.
Defesa e próximos passos
Em nota oficial, Kowalsky negou as acusações e afirmou que pediu a exoneração para “garantir isonomia nas apurações”. Ele classificou as alegações como “levianas” e disse que as enfrentará na Justiça.
“Mantenho minha postura ética e comprometida em todas as instâncias. As acusações serão enfrentadas na Justiça, com absoluto respeito ao devido processo legal”, declarou.
Com a saída de Kowalsky, o diretor legislativo José Carlos Ribeiro Issy é o favorito para assumir interinamente a Procuradoria-Geral, mas não está descartada a indicação de outro nome interno.
A Mesa Diretora ainda não se pronunciou oficialmente sobre um substituto definitivo, mas deve analisar o caso em breve. Enquanto isso, o episódio reacende debates sobre segurança e conduta de servidores no legislativo municipal.
(Com informações da assessoria da Câmara e nota oficial do ex-procurador)