Muita gente acredita que fé é sinônimo de vitória rápida e absoluta, como se crer fosse suficiente para eliminar toda dor.
Mas… será mesmo?
O Evangelho que nos alcança é o da humilhação, do serviço, da entrega.
É o chamado a negar-se a si mesmo, a considerar o outro superior, a carregar a cruz.
Enquanto isso, a Psicanálise nos convida a escutar a nossa dor, a acolher o sintoma, a não fugir do que nos fere…, mas atravessar.
Percebe?
Não há oposição entre Evangelho e Psicanálise…
O que existe é um conflito com a visão triunfalista da fé, aquela que prega a vitória sem cruz, a superação sem travessia, a cura sem escuta.
Cristo não evitou a cruz.
Ele atravessou.
O psicanalista não elimina o sintoma.
Ele escuta, acolhe, e ajuda a transformar.
Humilhar-se, no Evangelho e na Psicanálise, não é se anular…
É reconhecer:
“Eu sou vulnerável. Eu preciso atravessar.”
Fugir da dor só alimenta o sofrimento.
Negar-se a si mesmo não é anular quem se é…
Mas deixar morrer aquilo que não sustenta mais a nossa vida.
Se você sente que sua espiritualidade só lhe convida ao triunfo…
Talvez esteja precisando de um espaço de escuta…
Um lugar onde fé e subjetividade caminhem juntas, sem pressa, sem culpa, sem ilusão.
Quer conversar sobre isso?

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