Um esquema irregular envolvendo servidores públicos de Abadia de Goiás (região metropolitana de Goiânia) está sob investigação após denúncias de que funcionários concursados para funções como garis e auxiliares de serviços gerais estariam atuando como guardas municipais armados, realizando blitz, invasões domiciliares e operações de segurança pública sem a devida formação ou autorização legal.
A Denúncia
Segundo relatos e imagens obtidas pela reportagem, os servidores:
✔ Usam viaturas oficiais e fardamento completo (incluindo coturnos e distintivos)
✔ Portam armas de fogo em operações irregulares
✔ Participam de eventos oficiais como se fossem guardas municipais
✔ Realizam abordagens em blitz e até invasões a domicílios
A situação ocorre mesmo sem a prefeitura ter um quadro efetivo de Guarda Civil Municipal – apenas vigilantes concursados há mais de 10 anos.
A Defesa da Prefeitura
Em nota oficial, a administração municipal afirmou:
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Que não possui Guarda Municipal ativa, apenas vigilantes
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Que um concurso para 12 vagas de Guarda Civil foi homologado em janeiro de 2025, mas apenas 4 candidatos serão empossados “nos próximos dias”
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Que não tem conhecimento do uso de armas por servidores não autorizados
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Que um convênio com a Polícia Federal está em trâmite para regularizar o porte de armas aos futuros guardas
Reações e Investigação
O caso chamou a atenção do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e da Polícia Civil, que devem apurar:
🔹 Se há usurpação de função pública
🔹 Se os servidores portam armas ilegalmente
🔹 Se a prefeitura financiou equipamentos irregulares
Especialistas em segurança pública alertam que a prática coloca a população em risco, já que os servidores não teriam treinamento adequado para ações policiais.
Próximos Passos
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O MP-GO deve notificar a prefeitura para prestar esclarecimentos
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A Polícia Civil avalia abrir inquérito para investigar possíveis crimes
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A Câmara Municipal deve cobrar explicações formais
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