5 de maio de 2025
Brasil

Representante de Trump visita Brasil para discutir sanções e liberdade de expressão

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à DIREITA, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à ESQUERDA.

David Gamble, coordenador interino de Sanções do governo de Donald Trump, desembarcou no Brasil nesta segunda-feira (5) para uma série de reuniões com autoridades brasileiras e parlamentares de direita. A agenda inclui encontros no Itamaraty, no Ministério da Justiça e com membros do Congresso, além de possíveis discussões sobre a atuação de figuras como o ministro do STF Alexandre de Moraes e o procurador-geral Paulo Gonet.

Segundo a Embaixada dos EUA, a visita tem como foco o combate a organizações criminosas transnacionais, o terrorismo e o tráfico de drogas, com ênfase nos programas de sanções norte-americanos. No entanto, fontes próximas ao governo Trump indicam que Gamble também avaliará eventuais restrições à liberdade de expressão no Brasil, especialmente em casos envolvendo jornalistas e políticos conservadores.

Pressão sobre Moraes e Bolsonarismo
A viagem ocorre em um momento de tensão entre setores da direita brasileira e o Judiciário. De acordo com o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, Gamble deve se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro durante sua estadia. O encontro reforça os laços entre o trumpismo e o bolsonarismo, que, segundo reportagem do Hoje em Dia, articulam três frentes para pressionar o ministro Alexandre de Moraes por meio de sanções dos EUA.

Entre as medidas em discussão estaria a aplicação da Lei Magnitsky, usada para punir violadores de direitos humanos em qualquer parte do mundo, e da “No Censors on our Shores Act” (“Lei sem Censores em Nossas Costas”), que prevê a proibição de entrada nos EUA para autoridades estrangeiras acusadas de cercear a liberdade de expressão.

A embaixada norte-americana não detalhou a agenda do representante, mas afirmou que as conversas serão “bilaterais e estratégicas”. Enquanto isso, aliados de Bolsonaro esperam que a visita sinalize um alinhamento mais forte entre os dois governos em temas como segurança e combate à “censura”.

O Itamaraty, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre os encontros, que ocorrem em meio a debates acalorados sobre a independência das instituições brasileiras e a relação com Washington.

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